Possíveis mudanças nos planos de instalação da empresa Foxconn poderão mexer com a economia do Brasil. Nesta semana que passou o presidente da empresa taiwanesa, fez fortes exigências a Presidente Dilma Rousseff.

De acordo com as informações, o presidente da Foxconn, empresa de componentes eletrônicos, mandou uma carta a Presidente Dilma onde colocou que a empresa se dispõe a antecipar o início de sua linha de montagem, como parte da estratégia de ampliação da empresa para o nosso país.

A companhia taiwanesa confirmou que fará um investimento de US$ 12 bilhões em cinco anos com a nova linha de montagem no Brasil. No documento enviado a presidente Dilma, o dono da empresa Foxconn, apresentou uma série de exigências para antecipar a linha de produção dos aparelhos da grande empresa Apple.

Conforme o documento, a empresa enviará com certa urgência 200 engenheiros e técnicos em eletrônica brasileiros para serem treinados na China, com isso, exige que o governo brasileiro de garantias na emissão imediata de passaportes a esses trabalhadores. O presidente da Foxconn reforçou também a pressão em cima da Receita Federal para que essa, defina dentro do prazo de dois meses, o enquadramento tributário do tablet.

Já a Receita Federal, não quer aceitar a enquadração do aparelho como notebook, por não ter um teclado físico. Conforme a RF a equiparação levaria a uma redução de 9,25% de PIS e Confins, daí a pressão da Foxconn.

Mas não são só essas exigências que a Foxconn faz ao governo brasileiro, a outras séries de condicionantes neste documento enviado a presidente Dilma Rousseff. Conforme a empresa taiwanesa, a decisão de antecipar a sua linha de montagem, deve-se, segundo a empresa, a razões mercadológicas.

Já a empresa Apple, que terá a Foxconn como parceira na montagem de seus aparelhos no País, já enviou os primeiros componentes, vindos da Ásia, para a montagem de seus equipamentos. A linha de montagem tanto da Apple como da companhia taiwanesa, será nas cidades de Jundiaí e Indaiatuba, no estado de São Paulo.

Em resposta a essas exigências feitas pelo bilionário Terry Gou, presidente da Foxconn, a presidente Dilma pediu aos ministros Aloizio Mercadante, de Ciência e Tecnologia, e ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, que marquem uma reunião com os executivos da companhia nas próximas semanas.

Conforme declarou o ministro Mercadante, falou: "É um cronograma ousado, mas nós vamos nos empenhar para viabilizar o que estiver ao nosso alcance".

Sendo assim, agora é esperar para ver como o Governo Federal e a companhia Foxconn vão se entender nos próximos meses.