Como todo mundo está usando a inteligência artificial hoje em dia, a Deezer decidiu agir. A plataforma de streaming lançou um sistema que cosnegue identificar de forma clara, quando um álbum contém faixas criadas 100% por IA. O Deezer é a primeira plataforma a criar esse tipo de ferramenta, mas o objetivo de acordo com a empresa é garantir mais transparência no setor e proteger artistas de práticas desleais.
20 mil músicas feitas por IA são enviadas todos os dias
Uma das grandes preocupações do setor é o volume de músicas geradas por inteligência artificial. Segundo dados da própria Deezer, quase um quinto de todas as faixas enviadas diariamente para a plataforma já são criadas por IA, isto é mais de 20 mil músicas por dia.

Apesar disso, parece que a procura dos usuários por esse tipo de música ainda é baixo: apenas 0,5% dos plays na plataforma vêm de músicas totalmente geradas por IA. O grande problema aqui é que a empresa identificou que cerca de70% desses números são consideradas falsos ou manipulados. É possível que os criadores dessas músicas fraudam o sistema para inflar números e royalties, talvez automatizando dispositivos que tocam as músicas criadas por eles com a ajuda da IA.
Para lidar com essa situação, a Deezer implementou medidas firmes. A empresa começou a marcar os álbuns com músicas geradas por IA e agora também está excluindo esse tipo de conteúdo das recomendações personalizadas e listas editoriais da plataforma.
Além disso, ao detectar qualquer tentativa de burlar o sistema para ganhar dinheiro com streams falsos, a Deezer remove essas execuções dos cálculos de royalties. O objetivo é garantir que artistas reais recebam por seu trabalho de forma justa, mesmo diante das novas tecnologias.
Suno e Udio na mira do Deezer
Para garantir o sucesso dessa ferramenta, a Deezer afirma que a engenharia usada nela consegue identificar músicas feitas com os principais modelos generativos que temos hoje em dia, como Suno e Udio. Além disso, a empresa garante que o sistema também é capaz de aprender com novos exemplos e detectar músicas sintéticas mesmo sem dados específicos para treinamento.
Essa inovação levou a Deezer a registrar duas patentes no final de 2024, voltadas justamente para os métodos de identificação dessas faixas.