Com muitos filmes e séries de ficção, a Netflix também oferece bons documentários para aqueles que desejam acompanhar, mais de perto, acontecimentos históricos. Quando falamos em usina nuclear, o acidente de Chernobyl é certamente o primeiro a vir na cabeça, com muito sendo consumido e pesquisado pelo acontecimento até os dias de hoje. Porém, esta não foi a única vez em que o mundo viu a força dessa ameaça.

Caso você seja interessado pelo assunto, saiba que a Netflix tem duas boas produções que mostram mais sobre tudo que envolve energia nuclear, incluindo seus grandes riscos.

Radioactive (2020), Marjane Satrapi

Radioactive/Netflix
Radioactive/Netflix

Estrelado por Rosamund Pike (Garota Exemplar), Radioactive mostra a história de Marie Curie, tendo inspiração no romance Radioactive: Marie & Pierre Curie: A Tale of Love and Fallout, escrito por Lauren Redniss.

Com direção de Marjane Satrapi, o longa pode agradar tanto aos fãs de documentários quanto aos fãs de dramas, pois opta por seguir um caminho entre ambos. Abordando perigos da radiação, inclusive mostrando cenas do acidente de Chernobyl, o filme mostra a vida de Marie Curie, incluindo o começo de sua carreira lendária e o fim de sua vida. Além disso, Radioactive não fica apenas na carreira de Marie, mas também mostra outros detalhes de sua vida como o relacionamento com Pierre Curie, que também teve participação em suas descobertas.

Assista > Radioactive

Quem foi Marie Curie

É interessante saber a importância de Marie Curie para conferir o filme, estando assim contextualizado ao que vai encontrar no longa. Nascida em 1867, Curie destacou-se em um período onde as mulheres não encontravam espaço na ciência, tornando-se um dos principais nomes na área. Conhecida como a mãe da radiação, Marie Curie ganhou um prêmio Nobel da Física pela descoberta da radioatividade e um Prêmio Nobel de Química pela descoberta dos elementos rádio e polônio.

Com as conquistas alcançadas em 1903 e 1910, Marie Curie tornou-se a primeira pessoa na história a receber o prêmio Nobel duas vezes.

Reação Nuclear (2022), Kief Davidson

Reação Nuclear/Netflix
Reação Nuclear/Netflix

Criada por Kief Davidson, Reação Nuclear é um prato cheio para quem consome documentários que mostram fatos em detalhes. A minissérie documental disponível na Netflix exibe mais sobre o acidente nuclear na usina de Three Mile Island, na Pensilvânia, que foi o maior na história dos Estados Unidos.

Na minissérie, vemos diferentes visões a respeito do acidente nuclear, com relatos e informações de moradores, funcionários e cientistas que viveram a tensão de perto. Enquanto as informações que chegavam para a população não batiam, devido aos diferentes interesses de políticos, veículos de comunicação e da empresa responsável pela usina, o acidente se tornou um tanto obscuro para os cidadãos que ainda não entendiam muito bem quais eram os verdadeiros riscos. O documentário sabe retratar o clima de tensão e dúvida, enquanto aborda outros elementos que tornavam tudo ainda mais complicado. Em Reação Nuclear, também vemos de que maneira o acidente impactou, e mudou, a vida e o dia a dia de muitas pessoas.

Assista > Reação Nuclear

O acidente nuclear de Three Mile Island

O acidente nuclear de Three Mile Island ocorreu no dia 28 de março de 1979, devido a uma falha no sistema de refrigeração da central nuclear e também a um erro humano. Em plena madrugada, o circuito de abastecimento de água às turbinas a vapor foi desligado e fez com que o circuito de refrigeração parasse de funcionar. O superaquecimento do núcleo do reator causou um aumento de pressão no circuito primário, que desencadeou outros problemas. Além disso, o técnico responsável também cometeu um erro ao desligar o dispositivo de refrigeração de emergência.

É uma maneira resumida de contar a história, mas o fato é que uma série de infelicidades e erros causou uma das maiores ameaças radioativas da história. As autoridades tiveram que evacuar mulheres grávidas e crianças de um raio de oito quilômetros, enquanto utilizaram um milhão e meio de litros de água para resfriar o reator que ameaçava explodir toda a usina. O perigo permaneceu por dias, entrando para a história como um capítulo aterrorizante.