Desta vez, a Qualcomm, fabricante de processadores, acusa a Apple de infringir seis de suas patentes. A companhia canadense requer ressarcimento financeiro em prol da suposta violação de patentes.

De acordo com Don Rosenberg, vice-presidente executivo da companhia "a Apple continua utilizando tecnologia da Qualcomm enquanto se opõe a pagar por ela".

Então, a Qualcomm solicitou a justiça a investigação quanto aos iPhones que utilizam chips de marcas rivais com objetivo de barrar as importações dos aparelhos que possuem violação de patentes.

Entenda o embate

No início deste ano, o processo foi exatamente o contrário. Em janeiro, a  Apple processou a Qualcomm acusando a companhia de sobrevalorizar o preço de suas licenças. A ideia da fabricante de processadores era de cobrar royalties para licenciar uma tecnologia e cobrar uma taxa extra para cada aparelho vendido com a respectiva tecnologia.

Qualcomm diz que valor de royalty por dispositivo cobrado é menos do que a  Apple cobra por um adaptador de tomada
Qualcomm diz que valor de royalty por dispositivo cobrado é menos do que a Apple cobra por um adaptador de tomada

Logo após, a Qualcomm processou a Apple, acusou a Maça de limitar de propósito o desempenho de seus aparelhos com chips da Qualcomm a fim de equipará-los com aqueles movidos a chips Intel e pediu reparação de danos. Neste momento, a Apple resolveu não mais pagar pelos royalties e deixou a decisão com a Justiça.

No mês passado a Apple voltou a se manifestar oficialmente dizendo que a Qualcomm utiliza um modelo de negócios ilegal. Em contrapartida, a rival respondeu dizendo que o valor de royalty por dispositivo cobrado por ela "é menos do que a Apple cobra por um simples adaptador de tomada".

Manifestação da Apple

A Apple reconhece o valor da propriedade intelectual, mas salienta que não deveriam ser obrigados a pagar por uma tecnologia em que a Qualcomm não tem nada a ver. E afirma que recorreram à justiça porque a fabricante de processadores se recusou em negociar.

"Nós acreditamos profundamente no valor da propriedade intelectual, mas não deveríamos ter de pagá-los por tecnologias inovadoras com as quais eles não têm nada a ver. Sempre estivemos dispostos a pagar uma quantia justa pelo padrão tecnológico utilizado em nossos produtos e, desde que eles se recusaram a negociar em termos razoáveis, nós recorremos à Justiça por ajuda", comenta a Apple.

Ao que tudo indica este duelo está longe do seu fim, as duas grandes companhias não devem chegar a um acordo tão cedo. Nos resta torcer para que as mesmas achem a melhor solução para este embate.