A LG Eletronics do Brasil anunciou no começo do mês sua saída do mercado de smartphones. O comunicado foi feito pela própria empresa em seu site onde diz que a decisão foi tomada no intuito de permitir que a empresa "concentre recursos em áreas de crescimento, como componentes de veículos elétricos, dispositivos conectados, casas inteligentes, robótica, inteligência artificial e soluções business-to-business, bem como plataformas e serviços".

Aparentemente a empresa não encerrará sua divisão de celulares de forma tranquila, visto que desde que a fabricante anunciou a saída do mercado de smartphones a enfrentou uma série de contratempos, como greve dos funcionários e notificações da Fundação Procon, órgão responsável por defender os direitos dos consumidores.

Procon-SP vs LG Eletronics

No começo do mês o Procon-SP notificou a LG Eletronics do Brasil para que apresentasse o plano de suporte no pós-venda para os usuários que adquriram smartphones da marca, que apesar de estar encerrando a produção de celulares deve manter a reposição de peças originais e assistência técnica autorizada no país. A resposta que a fabricante enviou ao Procon não foi satisfatória e o órgão afirmou que "o caso será encaminhado para análise da equipe de fiscalização".

Além de ter fornecido um plano de atendimento com várias inconsistências a empresa também não definiu um período de vigência da garantia. Quando questionada sobre a vida útil de seus de seus produtos a LG alegou que " [...] a resposta a esta questão depende de diversas incógnitas matemáticas e a realização de futuros estudos técnicos multidisciplinares".

"Os esclarecimentos da empresa LG não são satisfatórios e indicam que o consumidor pode acabar prejudicado. O Procon irá notificar a empresa para ajustar sua conduta e apresentar um plano adequado de atendimento que respeite o Código de Defesa do Consumidor", afirma Fernando Capez, diretor executivo do Procon-SP.

Quanto ao suporte técnico a fabricante listou 33 endereços de assistência técnica autorizada em todo o estado de São Paulo, que possui mais de 640 municípios, provavelmente prejudicando os consumidores que necessitarem de suporte.

Fonte