Um estudo feito recentemente mostrou que um em cada 20 jovens pesquisadores já praticou o chamado "auto-cyberbullying". O levantamento foi feito com 5.6 mil estadunidenses do ensino médio e fundamental. Isso demonstra que eles, em algum momento, já publicaram ou mesmo compartilharam, de forma anônima, mensagens abusivas sobre si na internet.
Os especialistas mencionaram que tal prática é semelhante a automutilação física e dizem que isso tudo pode demonstrar que tal jovem precisa de ajuda. Conforme a pesquisa, as causas variam de baixa autoestima, busca por atenção, sintomas de depressão e vontade de despertar uma reação nas outras pessoas.
"Na maioria das vezes, estão à espera de uma reação, querem ver se alguém vai ajudá-los, como seus amigos vão responder. Eles apenas querem atenção de alguma maneira", disse Justin Patchin, um dos autores do estudo.
"Esperávamos algo em torno de 1%. Foi surpreendente descobrir que entre 5% e 6% dos participantes já haviam praticado o auto-cyberbullying", disse ele em entrevista para a BBC Brasil.
Os autores do estudo ainda relataram que um dos casos mais evidentes da prática foi o suicídio de Hannah Smith, de 14 anos. A menina recebeu várias mensagens abusivas na rede Ask.FM, porém, após foi descoberto que tudo havia sido enviado pela própria vítima.
"Não sabemos o que veio primeiro, se ser vítima de cyberbullying o faz cometer automutilação digital ou se, como você pratica isso, faz com que outros também postem abusos contra você. Mas sabemos que há uma relação", disse Patchin.
O estudo deixa o alerta para pais e professores, que fiquem atentos a qualquer sinal de cyberbullying. O ideal é que ofereçam alguma ajuda profissional para quem esteja enfrentando o problema.
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