Começou hoje a conferência Cloud Summit of the 2020 World Artificial Intelligence e Tao Jingwen, diretor da Huawei, CIO e presidente de qualidade de processos de TI, apresentou um discurso de abertura.

Ele compartilhou sua opinião sobre crise de informação e inteligência artificial e mencionou que, durante o uso da inteligência artificial, a Huawei tem algumas sugestões:

Primeiro comentou que a informação é o quarto recurso mais importante depois da água, terra e ar.

"Acreditamos que o desenvolvimento da inteligência artificial deve fortalecer o suporte a dados. E com base na proteção da soberania, devemos promover a abertura e a inteligência dos dados."

Depois comentou que, as organizações do setor devem fortalecer a legislação que envolve Inteligência Artificial, bem como a construção de padrões éticos para o setor. Além disso devem estabelecer um espaço de troca de dados consensual e promover o uso racional dos mesmos.

Finalmente, disse que deve-se contruir um ecossistema aberto para promover o desenvolvimento da inteligência artificial.

Tao Jingwen pediu o fortalecimento da cooperação entre governos, empresas, tecnologia, algoritmos e tecnologia profissional na cadeia da indústria de inteligência artificial.

De fato, a Huawei não anunciou nada de novo. Só enfatizou o que todos sabemos a respeito do uso de dados.

Atualmente, estamos na fase que estudiosos vem chamento de "Crise da informação 2.0". E a Huawei apenas chama todas as partes para participar e resolver esse problema, sem esquecer a privacidade dos dados.

Quanto à crise da informação, existem dois pontos a se considerar:

  1. Existe um fluxo de dados muito grande;
  2. Os recursos e sistemas de tecnologia da informação não são eficazes para transformar todos os dados em informações estratégicas úteis.

A cada segundo, a humanidade cria e modifica toneladas de informação. Supõe-se que o volume de informações dobre a cada 18 meses. De fato, esse processo foi acelerado. Portanto, é lógico que as ferramentas e sistemas existentes não possam lidar com um volume tão grande de dados.

Mas devemos salientar que a maioria das empresas e pessoas que trabalham com informações diretamente enfrentam uma crise de informações não por do volume de dados, mas sim com a relevância dos mesmos.

Nesse sentido, se leva muito tempo para separar informações úteis e não úteis. A Huawei (e o resto do mundo) acha que a inteligência artificial resolverá esse problema. Porém, novamente, seguem procurando soluções.

É importante sempre ter em mente que esses dados se referem às pessoas e suas atividades. Portanto, a privacidade dos usuários é imperativa. Todos esses dados são muito importantes e interessantes. Mas muitos duvidam do motivo pelo qual a Huawei está falando sobre isso e por que está fazendo agora.

Sabemos que o governo americano acusa a empresa de espionagem, coleta indiscriminada de dados e vínculo com o governo chinês.

Logo causa certa estranheza uma empresa acusada de não proteger os dados de seus usuários e sim coletá-los e até tentar coletar dados através de suas redes, esteja preocupada e dizendo agora que "temos que dar atenção ao uso indevido dos dados dos usuários pois a privacidade dos mesmos é imperativa".