A grande maioria dos fones de ouvido vendidos oficialmente no mercado brasileiro possuem peças coladas ou soldadas na estrutura. Isso diminui consideravelmente a vida útil do produto, pois há partes que se desgastam naturalmente com o uso e não há o que se fazer se estas peças não podem ser trocadas. Entenda quais são as vantagens de se comprar um fone modular e porque na maioria das vezes vale a pena investir.

O que é um fone de ouvido modular?

Fone de ouvido over-ear Kuba Disco. Fonte: Kuba Audio (Facebook)
Fone de ouvido over-ear Kuba Disco. Fonte: Kuba Audio (Facebook)

Um fone de ouvido é modular quando ele permite a remoção e troca de peças sem quebrar sua estrutura. Ou seja, para ele ser considerado modular, o usuário deve conseguir pelo menos remover com facilidade, sem a utilização de ferramentas, o cabo e as ear pads ("almofadas"), no caso de um over-ear ou de um on-ear. Nos in-ears, isso se resume basicamente em ter a possibilidade de remover o cabo através de um sistema de conectores 2-pin ou MMCX.

Sistema de conexão MMCX para conectar cabos. Na foto, o fone de ouvido in-ear Final Audio B3. Fonte: Vitor Valeri
Sistema de conexão MMCX para conectar cabos. Na foto, o fone de ouvido in-ear Final Audio B3. Fonte: Vitor Valeri

Por que comprar um fone de ouvido modular?

Ao optar por comprar um fone de ouvido modular, você poderá utilizá-lo por anos, pois as peças que mais se desgastam são o cabo e as ear pads ("almofadas"). Entretanto, é importante verificar é possível comprar estas peças com facilidade através da loja do fabricante ou de terceiros, que fabricam produtos compatíveis com o seu fone de ouvido.

Como comprar cabos novos para os fones de ouvido?

Normalmente, não é difícil de se obter os cabos, pois há uma grande oferta deles através de fabricantes de cabos personalizados (customizados) como, por exemplo, a Hi-Fi Cabos BR.

Por vezes, vale a pena trocar de cabo do seu fone de ouvido antes mesmo de ele dar problema. Um dos principais motivos que levam as pessoas a trocarem é o comprimento, que pode ser excessivo ou muito curto, dependendo do tipo de atividade realizada. Além disso, existem cabos que são mais leves, tanto nos conectores quanto nos fios. Caso queira saber mais sobre o assunto, confira este artigo sobre quais as vantagens de se comprar um cabo melhor.

Qual ear pad ("almofada") comprar para os fones de ouvido?

O ideal é escolher a mesma ear pad (almofada) que veio com o seu fone de ouvido. Porém, caso isso não seja possível porque você acha desconfortável ou simplesmente não conseguiu encontrá-la para venda, há alguns pontos a se observar.

Tente encontrar uma ear pad que tenha profundidade, ângulo e formato (exemplo: oval, redondo) parecidos com a que veio no seu fone de ouvido. Além disso, evite comprar aquelas que são feitas em material de pvc/pu que imita o couro, pois a durabilidade delas é péssima (por mais que você cuide, elas vão descascar). Procure por ear pads feitas em tecido de veludo, tecido liso ou couro genuíno. Escolher a ear pad certa é importante, pois dependendo do formato e material, o som produzido pode alterar consideravelmente, como explicamos neste artigo.

Diferentes materiais de revestimento de ear pads feitas para o headphone Sennheiser HD600. Fonte: audioreviews.org
Diferentes materiais de revestimento de ear pads feitas para o headphone Sennheiser HD600. Fonte: audioreviews.org

Eu tenho um fone de ouvido in-ear, vale a pena trocar as ear tips ("ponteiras", "borrachinhas")?

Embora as ear tips não sejam grudadas nos fones de ouvido in-ear, elas merecem a sua atenção. Dependendo do encaixe que você obtiver com o intra-auricular, é possível que o som acabe ficando ruim, pois haverá o vazamento de som, comprometendo a reprodução dos timbres. Acesse o nosso artigo para entender melhor sobre o assunto e saber qual comprar olhando nossa lista.

Tamanho de bore (buraco da ear tipo por onde sai o som) de diferentes modelos de ear tips de silicone. Fonte: Vitor Valeri
Tamanho de "bore" (buraco da ear tipo por onde sai o som) de diferentes modelos de ear tips de silicone. Fonte: Vitor Valeri