A notícia sobre o Google estar planejando um mecanismo de busca censurado para a China nem esfriou ainda, e a empresa já tem uma outra novidade: um aplicativo de notícias censuradas também está sendo criado pelo Google para o país. As ferramentas terão alguns serviços bloqueados, conforme as regras do governo chinês.
O serviço de busca da empresa não estava mais disponível para os chineses desde 2010, justamente devido à censura pesada do país. E agora, por conta de um relatório publicado pelo The Intercept, o mundo ficou sabendo do retorno do buscador, mas em formato diferente, totalmente censurado, que poderá ser lançado na China em seis a nove meses. Aparentemente, o produto de busca tem o codinome de Dragonfly.
Já o aplicativo terá a mesma funcionalidade que o Google News, mas com conteúdo restrito. O problema é que já existe um app com as mesmas práticas, chamado Toutiao, e o objetivo do Google é oferecer a mesma experiência: notícias e histórias sugeridas aos leitores através de um algoritmo e de inteligência artificial. Tudo isso moldado dentro dos limites de censura.
No entanto, esse trabalho de cuidar o que é censurado não será fácil para o Google, e segundo o TechCrunch, há informações de que o aplicativo possa ficar pronto antes do buscador. Como o Google é uma empresa estrangeira, a questão toda fica ainda mais complicada, ainda mais por ser dos EUA, país com quem a China enfrenta uma guerra comercial. Porém, os executivos da empresa estão destinados a se esforçar para engajar ainda mais o censor do buscador.
Em um comunicado ao TechCrunch, a empresa declara:
"Fornecemos vários aplicativos para dispositivos móveis na China, como o Google Tradutor e o Files Go, ajudamos desenvolvedores chineses e realizamos investimentos significativos em empresas chinesas como a JD.com. Mas não comentamos especulações sobre planos futuros".
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