O "Google News Iniciative" é o novo projeto da Google que foi anunciado ontem (20) pela manhã em um evento em Nova York. As ações do projeto visam mudar a maneira de como a plataforma mostra conteúdo por meio do financiamento de iniciativas contra má informação. Esse financiamento será feito por um serviço de assinaturas para empresas de jornalismo.

Nesse contexto, as empresas utilizarão de tecnologias para fazer seus leitores pagarem pelo conteúdo digital jornalístico que usufruem, beneficiando tanto o leitor quanto o veículo. Para isso acontecer, o projeto possui dois fatores de atuação.

O projeto foi anunciado em um evento em Nova York.
O projeto foi anunciado em um evento em Nova York.

O primeiro fator consiste em um serviço que deve permitir o usuário a assinar uma publicação com sua conta do Google, e essa conta vai mantê-lo logado nas plataformas do veículo a fim de garantir o contato do leitor com a empresa que assinou. Mas não é só o usuário que vai desembolsar um investimento, pois das empresas vão ser cobradas uma taxa para manutenção do uso da ferramenta.

A empresa se recusou a dizer qual ferramenta será, mas o vice-presidente de produtos noticiosos da Google, Richard Gingras, disse que o modelo será bastante generoso para o publisher. Isso porque o usuário receberá as notícias do veículo que assina, sempre em destaque, através de um espaço na busca.

Já no segundo fator a ideia é usar a tecnologia para poder receber indicações de pessoas que se encaixariam como novas consumidoras de determinados veículos. Através da Google, o publisher ganhará os dados que vão permitir categorizar as vendas do conteúdo para cada pessoa.

A companhia vem sendo dominada pela publicidade e formando-se no chamado duopólio digital, no entanto, comprometeu-se a dividir os ganhos no decorrer da produção de conteúdo. O vice-presidente da Google, Phillipp Schindler, afirma que para a empresa ter sucesso, os veículos devem fazer sucesso. E segundo Bonita Stewart, vice-presidente de parcerias da empresa, o projeto "funciona para o jornalismo, mas pode ser utilizado para qualquer coisa."

Uma mudança que vem junto nesse projeto vai para os algoritmos do Google e do YouTube, a fim de que apenas os conteúdos de fontes confiáveis sejam compartilhadas. Nesse contexto, essa ação da Google vem de encontro com os escândalos envolvendo a credibilidade do Facebook. Da qual, a Google tenta se ver longe dessa competição pela publicidade digital.

A empresa tem o objetivo de investir na educação midiática principalmente dos jovens, trabalhando na identificação da "mídia sintética" e esforçando-se para fornecer a melhor informação na sua ferramenta de busca. As informações são da Folha de São Paulo.