O Facebook confessou, na terça-feria do dia 5, que tem parcerias para compartilhamento de dados com pelo menos quatro empresas chinesas, que são a Huawei, OPPO, TCL Group e a Lenovo Group que produz computadores. A Huawei, a terceira maior fabricante de smartphones do mundo, está no momento sob vigília da agência de segurança dos Estados Unidos.
Isso acontece após o jornal The New York Times ter publicado um relatório no qual acusava a rede social de ter compartilhado um grande número de dados de seus usuários para cerca de 60 empresas fabricantes, para que elas assinassem um contrato a fim de recriar experiências parecidas com o Facebook para seus usuários. Grandes nomes estão na lista, como Amazon, Apple e Samsung.
Uma onda de preocupação atingiu os membros do Congresso americano após a publicação desse relatório, o qual dizia que os dados de amigos dos usuários poderiam ter sido usados sem o consentimento explícito de cada um. Já o Facebook havia negado essa prática, dizendo que o acesso aos dados servia para permitir que seus usuários acessem os recursos da conta em dispositivos móveis.
Dono do Facebook dando depoimento ao Congresso. Mesmo com a rede social negando, o caso demonstra a mesma ação usada no outro caso escandaloso da Cambridge Analytica. O Facebook também prometeu na terça que vai encerrar sua parceria com a Huawei até o fim da semana e que está terminando as outras três parcerias com as empresas chinesas também. Leia em destaque: Como baixar vídeos do Facebook sem programas [ATUALIZADO 2018].
Estas empresas chinesas estão sob investigação de autoridades de inteligência dos EUA, que afirmam que elas oferecem uma oportunidade para a espionagem estrangeira, ameaçando a estrutura crítica do país. Sobre isso, os chineses sempre negaram.
Preocupações com a Huawei
A Huawei é uma preocupação especial para o Departamento de Comunicações dos Estados Unidos, principalmente por eles acreditarem que a empresa poderia ser uma porta de entrada para espionagem estrangeira, como dito acima. A empresa e o governo Chinês negam as acusações. Lembrando que a Huawei confirmou ontem que voltará ao mercado brasileiro de smartphones.
Nesse contexto, o senador Mark Warner, que também é vice-presidente do Comitê de Inteligência, perguntou à rede social se a Huawei era uma das empresas que estavam recebendo dados, pois em 2012 o Comitê levantou preocupações sobre a empresa. Em um comunicado, Werner disse:
"A notícia de que o Facebook forneceu acesso privilegiado à API do Facebook para fabricantes de dispositivos chineses como Huawei e TCL levanta preocupações legítimas, e estou ansioso para saber mais sobre como o Facebook garantiu que as informações sobre seus usuários não fossem enviadas para servidores chineses".
Ele ainda acrescenta que quer deixar claro ao Congresso que todas as informações dessas integrações com a Huawei ficaram armazenadas no dispositivo e não nos servidores da empresa.
Fonte: Venture Beat
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