A notícia sobre os primeiros bebês humanos que tiveram os seus genes editados causou bastante espanto. O caso ocorreu na China e  MIT Technology Review e a  Associated Press  trouxeram à tona o projeto. Com a grande repercussão do caso, as pessoas começaram a se questionar sobre as implicações éticas sobre o avanço cientifico. O projeto teve como responsável o pesquisador chinês He Jiankui de uma universidade em Shenzhen.

Conforme a AP, o cientista recebeu a aprovação do Hospital de Mulheres e Crianças Shenzhen MarMonicare para iniciar o seu experimento. Além disso, o relatório da MIT diz que He recebeu aprovação do comitê de ética médica da HarMoniCare.

Cientista chinês diz que crianças nasceram após genes serem editados.
Cientista chinês diz que crianças nasceram após genes serem editados.

Porém, ao ser contatada pela mídia, a HarMoniCare disse não ser sabedora do teste genético e que o hospital está avaliando a veracidade dos documentos.

"O que podemos dizer com certeza é que o processo de edição genética não ocorreu em nosso hospital. Os bebês também não nasceram aqui ", disse o porta-voz do projeto.

He estudou nas universidades de Rice e Stanford, liderou uma equipe de pesquisa da Universidade de Ciência e Tecnologia do Sul e tinha como objetivo eliminar o gene associado ao HIV, varíola e cólera, através da edição de genes, disse a MIT Technology.

Porém, não existe uma confirmação independente da reivindicação de He, já que nada foi publicado em um periódico, em que poderia ser examinada por outros especialistas.

"Sinto uma forte responsabilidade de não apenas fazer uma primeira [pesquisa], mas também torná-la um exemplo." "A sociedade decidirá o que fazer a seguir", disse He à AP.

Alguns cientistas consideram o ato irresponsável, e alguns, inclusive, denunciaram o caso como experimentação chinesa.

É "inconcebível... um experimento em seres humanos que não é moralmente ou eticamente defensável", disse o Dr. Kiran Musunuru, especialista em edição de genes da Universidade da Pensilvânia e editor de uma revista de genética.

De qualquer forma, ainda é cedo para qualquer posicionamento. Cabe aos cientistas uma maior averiguação do caso.

Fonte: TechCrunch