O Pix, sistema de transferências bancárias, foi anunciado em novembro do ano passado, e desde então, se tornou um dos mecanismos de transações mais comuns no Brasil. Devido a sua alta popularidade, o Banco Central está desenvolvendo formas de incrementar ainda mais a funcionalidade. O principal objetivo agora é poder realizar transferências off-line, isto é, sem conexão com a internet, porém mantendo a praticidade e segurança.

O que é o Pix offline e como vai funcionar

A novidade foi anunciada por Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, em um seminário sobre moedas digitais promovido pela banca Mattos Filhos Advogados. Segundo ele, o BC está desenvolvendo um sistema que permita efetuar transações via Pix mesmo em locais que estejam sem conexão com a internet.

Roberto Campos Neto, economista e presidente do Banco Central. (Imagem: BCB, por Raphael Ribeiro / Reprodução)
Roberto Campos Neto, economista e presidente do Banco Central. (Imagem: BCB, por Raphael Ribeiro / Reprodução)

Questionado sobre como isso vai funcionar, ele explicou que há pelo menos três alternativas em estudo, sendo que a considerada mais segura até o momento é a utilização de um cartão por aproximação que poderá ser carregado pelo usuário, exatamente como um Bilhete Único, utilizado para o transporte público das grandes metrópoles.

"Você vai poder usar o cartão no mundo offline e, quando voltar para o mundo online, vai poder transferir seu saldo de volta", disse Campos Neto.

Ainda existem poucas informações sobre como o Pix offline vai funcionar na prática, mas de acordo com o presidente do Banco Central, a novidade "pode ser anunciada em breve".

Sobre o Pix

O Pix é um sistema de transações bancárias criado pelo Banco Central que permite pagamentos e transferências instantâneas 24 horas, durante sete dias da semana, seja entre pessoas físicas e jurídicas, sem a necessidade de inserir os dados bancários do destinatário. Para realizar essas transferências, basta inserir a chave do Pix de quem vai receber, como email, número de telefone, CPF ou CNPJ, por exemplo.

Desde que foi lançado, há oito meses atrás, o Pix se tornou uma das formas de transferências mais comum entre os brasileiros, alcançando o percentual de 60% de todas as transferências realizadas no país. Segundo o presidente do Banco Central, até o momento foram cadastradas mais de 125 milhões de chaves.

Fonte: Agência Brasil