Com o lançamento do PIX em novembro do ano passado vários usuários começaram a utilizar a nova forma de pagamento para enviar dinheiro para outros usuários, com isso gerando uma movimentação milionária nos primeiros dias do serviço. Apesar da facilidade, um problema nos servidores do Itaú Unibanco fez com que os destinatários recebessem o envio com valor dobrado, dessa forma gerando um prejuízo de mais de 1 milhão de reais para a instituição.

De acordo com informações do Itaú, a falha ocorreu em transferências realizadas para diversos bancos e fintechs, como a Nubank, Banco Inter, Banco do Brasil, Sicred, Bradesco, Bancoob e Banco Original.

Processo

O Itaú entrou com uma ação judicial contra os bancos citados anteriormente. A instituição alega que os demais estavam cientes da falha no sistema de processamento de transferências e ainda assim não realizaram o estorno do valor a mais recebido pelos correntistas. O banco afirma que o prejuízo total foi de R$ 966.392.

"E os Réus, ainda que cientes da falha sistêmica quando o valor ainda estava sob a sua ingerência, ao invés de devolverem o valor indevido ao Autor, permitiram a liquidação dos créditos nas contas dos correntistas destinatários, impedindo o estorno e causando o enriquecimento sem causa em relação ao qual ora se pleiteia devolução de valores", diz a acusação.

Uma medida judicial bloqueou o valor nas contas dos réus, porém o Banco do Brasil entrou com um recurso no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) que reverteu a ação. O processo corre em segredo de Justiça.

Correntistas

O Itaú informou que ao notar o erro contatou alguns correntistas solicitando a devolução do valor excedente, com isso recuperando parte do que seria mais um prejuízo para a empresa. A instituição informou também que abrirá um processo para identificar quais usuários receberam o valor a mais e exercer "seu legítimo direito (...) para recuperação dos valores que efetivamente lhe pertencem.".

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Fonte: CoinTelegraph.