Tanto em minhas palestras, como na aula de Pós Graduação em Marketing Digital, eu uso um slide para mostrar aos alunos que para nós, de planejamento, um dos conceitos mais importantes dentro do processo de planejamento é transformar dados em informação. Mas como isso?

O meu primeiro slide (slideshare.net/felipemorais2309) é um panorama geral do mercado digital no Brasil, onde mostro por exemplo que temos 78 milhões de internautas no Brasil (segundo o Ibope de Dezembro de 2010) ou que temos 202 milhões de celulares ativos (dados da Anatel de Dezembro de 2010).

Para não me estender muito, fiquemos nesses exemplos, entretanto o que passei aqui foram dados. 78 milhões de usuários são dados. Transformar isso em uma informação relevante, não tem software. Recolhimento de dados tem software, a transformação não. Isso é algo nosso, do planejamento, essa é a parte de inteligência em planejamento que devemos aplicar.

O dado de Internet vai permear 100% das ações, por mais que queiramos atingir nichos – e a web é possível atingir one-to-one – esse dado estará presente em todos os planos, mas e o número de celulares? Se a minha estratégia para a marca X é estar presente no Twitter, vale a pena entender o número de celulares no Brasil? Talvez sim, talvez não. Sim, pois as pessoas entram na ferramenta via celular, não se a estratégia analisar que o sucesso da ação será o número de pessoas se tornando seguidores independentemente da plataforma em que se entra no Twitter da marca.

Essa análise de entender se um dado é interessante para a estratégia é o momento em que usamos a inteligência do planner e transformamos esses dados em algo que seja relevante, ou seja, uma ação baseada em pesquisas/dados levantados.

Lembrando, que é extremamente importante embasar cada estratégia. Olhar para o papel e dizer “essa ação vai dar certo porque eu acho que é legal” é dar um tiro no pé. Não ache que a ação é legal, prove que a ação é interessante e vai gerar algum tipo de retorno a marca, de preferência, em vendas.

Em resumo, dados são números que levantamos com diversas ferramentas como Ibope, Marplan, TGI, ComScore entre outras, mas pegar esses dados, analisar, transformá-los em algo relevante que possa não apenas embasar como também gerar uma estratégia, isso é algo que só a inteligência do planner é possível.