A Apple, que já tinha perdido alguns nomes estratégicos da área de inteligência artificial e design, acaba de confirmar mais duas aposentadorias importantes: Kate Adams, conselheira jurídica geral desde 2017, e Lisa Jackson, responsável pelas iniciativas ambientais, políticas e sociais. Elas se juntam à lista com mais de uma dúzia de executivos que deixaram a Maçã ao longo de 2025.

Executivos estão abandonando o barco?

Alguns falam em crise, outros apntam uma reestruturação; mas a verdade é que existe realmente um desmanche silencioso dentor da Apple e em áreas estratégicas, especialmente as ligadas a IA, design e políticas públicas. O mais curioso nessa história é que a maior beneficiada dessa suposta crise é justamente a Meta, que tem feito um verdadeiro arrastão nos quadros da rival.

Hoje diretora jurídica da Meta, Jennifer Newstead muda para a Apple em março. Imagem: Reprodução
Hoje diretora jurídica da Meta, Jennifer Newstead muda para a Apple em março. Imagem: Reprodução

A substituição de Adams já tem nome e sobrenome: Jennifer Newstead, diretora jurídica da Meta, chega à Apple em março de 2026 para assumir o comando das operações legais e de Assuntos Governamentais. Tim Cook não esconde o entusiasmo com a contratação, mas o movimento evidencia um contraste curioso: a Apple enfraquecida perde executivos para a Meta e, ao mesmo tempo, busca reforços vindos da própria concorrente.

A aposentadoria de Lisa Jackson também marca o fim de um ciclo importante. Desde 2013, ela liderou avanços ambientais, reduziu emissões globais e ajudou a moldar a postura pública da Apple em debates climáticos e de diversidade.

Essas duas aposentadorias seriam apenas parte natural da renovação de liderança, não fosse o contexto: a Apple vem acumulando perdas pesadas em áreas críticas e no momento em que disputa a corrida da IA com gigantes como Meta, Google, OpenAI e Microsoft.

O setor de IA foi o que mais sofreu dentro da Apple em 2025. Nomes como Ruoming Pang, responsável pelos modelos de base (os LLMs que alimentam recursos como Apple Intelligence), e Ke Yang, líder do esforço de buscas e respostas avançadas da Siri, são alguns dos nomes fortes que formaram a debandada.

Apesar da polêmicas, Alan Dye é um dos nomes fortes que a Apple perdeu para a Meta. Imagem: Reprodução
Apesar da polêmicas, Alan Dye é um dos nomes fortes que a Apple perdeu para a Meta. Imagem: Reprodução

Outro setor bastante impactado é o de inteligência artificial. O chefe de design de interface, Alan Dye, deixou a Apple rumo à Meta para liderar um novo estúdio criativo. Ele era responsável por algumas das mudanças polêmicas no visual do iOS e do VisionOS.

Além de Adams, Jackson, Dye e Giannandrea, outros nomes de peso deixaram a empresa recentemente, como:

  • Jeff Williams, diretor de operações
  • Frank Chu, que assumiu cargo na Meta
  • Jian Zhang, especialista em robótica que liderava pesquisas avançadas
  • Shuang Ma, Chong Wang, Tom Gunter e outros líderes de IA

O resultado é um cenário em que a Apple vê parte da sua espinha dorsal migrando para empresas rivais justamente no momento em que a indústria passa por mudanças aceleradas.

Como informações de CNBC, Culto de Mac e Business Insider