Em 2018, a Apple foi acusada de liberar duas atualizações com o objetivo de diminuir propositalmente o desempenho do iPhone, tornando-o lento e com a bateria próxima do fim da vida, sem avisar aos seus consumidores. Esse caso foi chamado de "BatteryGate" e sua novela ainda rende muitos capítulos para a empresa de Cupertino.

No começo deste ano e no decorrer dele, a Apple já pagou cerca de meio bilhão entre multas e indenizações aos consumidores que se sentiram lesados quanto a esse assunto. Agora, a empresa concordou em pagar US$ 113 milhões a 34 estados e ao Distrito de Columbia para resolver questões e acusações de que a empresa tenha causado propositalmente problemas à bateria do iPhone em 2016.

Caso "BatteryGate"

No decorrer do tempo, alguns usuários relataram que seus iPhones desligavam de repente, e quando a Apple tomou conhecimento disso, logo prometeu lançar uma atualização que "corrigisse" o problema, mas na verdade, os aparelhos ficaram piores, reduzindo o seu desempenho de forma considerável.

Além de tornar o iPhone com baixo desempenho, a vida útil da bateria se consumia rapidamente.
Além de tornar o iPhone com baixo desempenho, a vida útil da bateria se consumia rapidamente.

Muitos usuários começaram a conspirar contra a Apple, e suspeitavam que essa era uma estratégia da empresa que obrigava seus clientes a comprar novos aparelhos. Nada ainda foi de fato comprovado, mas o procurador-geral do Arizona, Mark Brnovich, liderou uma investigação contra a Apple, e mostrou que a empresa estava ciente do tamanho do problema e nenhuma solução foi apresentada.

Na investigação, Brnovich e sua equipe caracterizaram a ação da Apple como uma violação de diversas leis da defesa do consumidor, como a Lei de Fraude ao Consumidor do Arizona, que acusa a empresa de deturpar e ocultar informações sobre os problemas irreversíveis causados na bateria do iPhone.

Um processo se arrastou por muitos anos, e obrigou a empresa a arcar com a indenização de US$ 500 milhões num processo judicial. Na última quarta-feira (18), a Apple conseguiu acordar um novo valor, e aceitou pagar US$ 113 milhões para resolver o caso, embora insista em admitir que não tenha cometido nenhum delito. Esse valor será dividido de forma igualitária para 33 estados dos EUA, e dando fim ao processo judicial contra a empresa da Maçã.

Além do montante em dinheiro, a Apple ainda fica obrigada de "fornecer informações verdadeiras aos consumidores sobre saúde, desempenho e gerenciamento de energia da bateria do iPhone".