Parece que a Apple vai levar certo tempo até lançar seu smartphone dobrável. De acordo com uma pesquisa realizada pelo UBS, o mais provável é que a fabricante apenas insira um modelo desses no mercado em 2021 e que este pode ser tanto um iPhone quanto um iPad. O estudo foi divulgado recentemente pelo banco, seguido de uma nota a investidores. 

Conforme divulgado pela CNBC, mais de um terço dos consumidores entrevistados pelo UBS tiveram interesse em comprar um smartphone dobrável, sendo a maioria deles compradores da Apple. Mas existe um grande problema na fabricação deste produto: seu preço.

iPhone ou iPad dobrável? Apple deve trazer aparelho em 2020 ou 2021.

"O preço continua sendo o principal obstáculo para a maioria das mentes dos consumidores", dizem os analistas do UBS em uma nota a investidores. "A pesquisa indica uma maior disposição para pagar um prêmio (cerca de US$ 600) e, geralmente, maior interesse entre os compradores da Apple por produtos dobráveis".

Ou seja, isso significa que consumidores estão dispostos a pagar até US$600 pelo aparelho, o que corresponde a R$2.380. Para efeitos de comparação, os aparelhos dobráveis que estão prestes a serem lançados no mercado têm um preço base de US$2000, o que equivale a quase R$8000.

"Isso sugere que a indústria precisará trabalhar para reduzir ainda mais os custos de dispositivos móveis dobráveis ​​para decolar como categoria de produtos", disse o UBS. O banco ainda disse acreditar que a Samsung será a responsável por abrir o caminho deste tipo de aparelho para outras empresas.

Galaxy Fold, o primeiro smartphone dobrável a ser mostrado ao público.

Voltando ao preço, este pode ser um dos motivos que leve a Apple a adiar o lançamento de seu aparelho. Mas o UBS está otimista. Para eles, a fabricante pode já apresentar algo neste estilo ano que vem, apesar de "2021 ser mais provável". A crença por parte do banco é de que a Apple invista em um iPad dobrável primeiro. 

Por fim, o UBS informou que sua pesquisa apontou a China como o país mais "aberto" aos smartphones dobráveis - o que lembra, para o banco, "como esse mesmo país impulsionou a adoção de smartphones com telas maiores".