A Apple está sendo processada em razão do design de seus aparelhos. O processo em questão foi registrado em uma das cortes de Nova Iorque.

Tudo teve início quando Himelda Mendez, que é cega, entrou com um processo acusando a Maçã de violar através de seu site, o Título III do "Americans With Disabilites Act" ("Lei dos Americanos Portadores de Deficiência", em tradução para o português  ). A lei garante os direitos dos portadores de deficiência americanos e proíbe a discriminação com base em sua deficiência.

Apple é processada por design de iPhone.
Apple é processada por design de iPhone.

Conforme Mendez, o código do site da Apple não conta com atributos descritivos e está cheio de falhas, incluindo links vazio e redundantes, o que acaba confundindo os softwares leitores de tela, que são os responsáveis pela tradução de conteúdo de uma mídia digital em um texto narrado ou mesmo em braile tátil.

"Para que um software de leitura de tela funcione corretamente, a informação em um site precisa ser capaz de ser transformada em texto. Se o conteúdo de um site não é capaz disso, pessoas cegas e deficientes visuais são incapazes de acessar o mesmo conteúdo disponível a usuários com visão", diz a denúncia.

No planeta, segundo estimativas da OMS (Organização Mundial de Saúde), existem mais de 39 milhões de pessoas cegas. Sendo assim, o problema da Apple é considerado global, já que a empresa está presente em grande parte do mundo.

De acordo ainda com o processo a atitude tomada pela Apple de não deixar o site acessível para deficientes visuais foi intencional, já que a W3C, organização que define os padrões da web, publicou em 2008 a versão 2.0 do "Web Content Accessibility Guidelines" ("Diretrizes de Acessibilidade ao Conteúdo da Web" em tradução livre). Tais diretrizes são orientações que precisam ser seguidas por um site possa ser entendido por um leitor de tela.

A Apple não se manifestou sobre o assunto.