Max Mosley, ex-presidente da FIA, está processando as empresas Google Inc. e Google UK por exibir imagens de uma orgia que ocorreu em 2008, com a sua participação, no sistema de buscas. O inglês, que presidiu a FIA de 1993 a 2009, hoje com 74 anos, diz que a reprodução das imagens fere sua privacidade e viola a lei britânica de proteção de dados.

Mosley, em 2008, venceu o processo contra o jornal "News of the World", que foi o primeiro a veicular imagens com cinco mulheres. Na época, o jornal citou que a relação entre Mosley e as mulheres continha conotações sadomasoquistas e nazistas. Conforme o juiz responsável pelo caso houve má fé pelas acusações feitas pelo jornal. O ex-presidente da FIA, que é filho de Sir Oswald Mosley, político que defendeu a ideologia fascista na Inglaterra, recebeu indenização de 60 mil libras, o equivalente a R$ 225 mil.

Agora, Mosley quer que o Google pare de indicar páginas que reproduzam as imagens da orgia nos resultados de buscas. O ex-presidente da FIA já ganhou a causa contra as subsidiárias da empresa na Alemanha e na França. Em ambos os casos, os tribunais decidiram que a presença das páginas com imagens ferem a privacidade de Mosley.

"A adesão ao estado de direito é essencial para qualquer sociedade. Isto deve incluir o cumprimento das decisões dos tribunais. Como porta de entrada para a internet, o Google obtêm lucros enormes e exerce grande influência. Mas o Google deve operar dentro da lei, e não de acordo com suas próprias regras. Ele não pode ignorar as decisões de nossos tribunais", disse Mosley.

Conforme os advogados de Mosley, as tentativas de negociação com o Google para a retirada do material não tiveram sucesso. O Google, por sua voz, disse através de porta-voz que a empresa está atenta às reivindicações de Mosley e que dezenas de links notificados pelo ex-dirigente já foram removidos das buscas.