De acordo com um estudo realizado pela Brigham Young University (BYU), programas como WhatsApp, Messenger e até o Viber, mesmo com a adoção de um sistema de encriptação ponta a ponta, ainda possuem brechas de segurança que deixam os usuários vulneráveis. A pesquisa diz que uma falta de autenticação mais adequada com a realidade atual faz com que trocar informações importantes através dos mensageiros seja semelhante a brincar de roleta-russa.

A universidade norte-americana diz que boa parte da exposição dos aplicativos do segmento aos cibercriminosos ocorre em razão da falta de um procedimento em que os indivíduos possam identificar o outro como destinatário real da mensagem. O protocolo social foi chamado de "cerimônia de autenticação", e pode reduzir de forma considerável o vazamento de dados, fraudes e ainda outras tentativas de hacking.

Whatsapp inseguro? magina
Whatsapp inseguro?

Um dos responsáveis pelo estudo sugeriu e realizou um teste com duas fases diferentes. Na primeira, os participantes eram estimulados, em duplas, a trocar o número do seu cartão de crédito através dos mensageiros, recebendo apenas alertas para que se certificassem que sua conversa era mesmo confidencial. Como resultado, apenas 14% deles conseguiram se assegurar de que os seus envios estavam realmente chegando a pessoa certa.

Na segunda fase, os usuários foram instruídos sobre a importância de realizar a cerimônia de autenticação antes de compartilhar os seus dados. A taxa de sucesso, desta vez, aumentou para 79%. A grande questão ficou em relação ao tempo em que as pessoas levaram para fazer as perguntas certas e seguir com o protocolo de modo eficiente, que foi de 11 minutos. O grande tempo, claro, revelou o real motivo de que muitos usuários deixam a segurança de lado.

Os pesquisadores, para solucionar a questão, estão elaborando um sistema que deixa a cerimônia de autenticação mais rápida.  "Se pudermos fazer a cerimônia de autenticação nos bastidores do app e de forma automatizada ou quase sem esforço por parte do usuário, podemos corrigir esses problemas sem precisar educar as pessoas", acredita Elham Vaziripour, o estudante que lidera a pesquisa.