Muitas notícias de casos de assédio e também violência sexual envolvendo motoristas do Uber e passageiras já surgiram desde que o aplicativo deu as caras no Brasil. A  novidade é que o Uber começou a enviar desde ontem (23) uma pesquisa sobre o tema às usuárias brasileiras. A ideia é coletar informações sobre as diferentes formas de tratamento em relação ao gênero, bem como sobre os riscos de assédio sexual.

A pesquisa ainda revela os planos da companhia em oferecer às passageiras um serviço para que elas possam ser atendidas somente por motoristas que tiveram boas avaliações de outras mulheres, ou mesmo de motoristas do sexo feminino.

Vale mencionar que este não seria o primeiro aplicativo a oferecer às passageiras um serviço em que elas possam ser atendidas somente por outras mulheres. No Brasil, recentemente, estreou o FemiTaxi, chamado de "Uber das Mulheres", e ainda o aplicativo 99 que oferece a opção de pedir um carro com uma motorista.

Na pesquisa, as usuárias irão encontrar perguntas sobre a visão delas em relação aos serviços atuais da Uber, bem como as situações de uso do aplicativo para que elas se sintam vulneráveis ao assédio, e ainda se elas estão dispostas a aguardar por mais tempo para obter um carro com motoristas femininas, entre outras questões.

Contra assédio, Uber poderá ter serviço exclusivo para mulheres.
Contra assédio, Uber poderá ter serviço exclusivo para mulheres.

Para completar, a pesquisa quer saber a opinião das clientes sobre a possibilidade de serem atendidas somente por motoristas do sexo feminino ou mesmo por motoristas que obtiveram avaliações positivas de outras passageiras.

Além disso, a Uber pede a sugestão de um nome que seria mais adequado para o serviço: UberFemme, UberMulher, UberWoman, UberHER, UberM, UberEla ou UberW. Também há possibilidade de sugerir outros nomes.

Infelizmente, diante a tantos casos de assédio e até estupros contra mulheres por motoristas da Uber, o aplicativo precisou tomar tal medida.

O ideal seria que todas nós fôssemos respeitadas em todos os espaços que convivemos com o sexo oposto, mas não é o que ocorre, no geral. Na minha visão, um retrocesso, mas se for pela segurança das mulheres, que seja criado um serviço exclusivo para nós.

E você, usuária do Uber, já teve algum problema do tipo? Aprova a ideia de um serviço exclusivo?