Foi informado no início da semana pelo serviço de rastreamento de detritos espaciais LeoLabs que há a chance de colisão de dois satélites inativos, em baixa órbita terrestre, colidirem acima dos EUA. Caso realmente ocorra o encontro dos dois dispositivos, haverá a possibilidade de danos tanto para os cidadãos norte-americanos quanto para outros satélites que estão em órbita na Terra.
Caso a colisão ocorra, o choque resultará em diversos fragmentos podendo causar danos a satélites próximos
Caso realmente ocorra a colisão dos satélites, o choque resultará em diversos fragmentos que poderão causar dano para satélites próximos e para os moradores do nosso planeta.
No início da semana o LeoLabs postou no Twitter informando que os astrônomos estão monitorando os satélites de 2 décadas de idade e que de acordo com os seus cálculos, eles poderão chegar a uma distância de 13 a 87 metros um do outro. A chance de colisão é de 1 para 1000.
2/ On Jan 29 at 23:39:35 UTC, these two objects will pass close by one another at a relative velocity of 14.7 km/s (900km directly above Pittsburgh, PA). Our latest metrics on the event show a predicted miss distance of between 15-30 meters. pic.twitter.com/Hlb1KeQ50U
— LeoLabs, Inc. (@LeoLabs_Space) January 27, 2020
Mesmo que a chance de colisão entre os satélites seja muito pequena, a probabilidade ainda sim representa um grande risco para a indústria espacial (em caso de danos em outros satélites próximos devido aos detritos). O astrônomo do Centro de Astrofísica de Harvard, Jonathan McDowell, disse à CNN que a possível colisão é muito preocupante.
De acordo com a LeoLabs, o tamanho dos satélites colabora para a possibilidade de colisão. Jonathan diz:
"Não é tão improvável quanto costuma ser. Começamos a ficar preocupados quando é 1 em 10.000, então 1 em 1.000 é incomum e pode ser muito pior do que isso"
Os satélites em questão são o telescópio IRAS pertencente a NASA, lançado em 1983, e o satélite experimental espião GGSE-4 do Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA, lançado em 1967. A previsão é de que os satélites irão se encontrar na noite desta quarta-feira acima da cidade de Pittsburgh, Pensilvânia.
A atualização mais recente que se tem do Leolabs, ocorreu às 12:51 e diz que haverá uma distância de 12m entre os satélites e a probabilidade de colisão é de 1 para 100. Entretanto, de acordo com a equipe do laboratório, se for ajustado os cálculos levando em conta que os satélites são maiores (aumentando o raio de 5m para 10m), a chance de colisão é de 1 para 20.
1/ Our latest update this morning for IRAS / GGSE 4 shows a 12m miss distance, with a Probability of Collision (Pc) back to 1 in 100.
— LeoLabs, Inc. (@LeoLabs_Space) January 29, 2020
Here is a plot of our last five days worth of miss distance updates on this event: pic.twitter.com/FCN2k2NL3i
4/ Adjusting our calculations to account for larger object sizes (by increasing our combined Hard Body Radius from 5m to 10m), this yields an updated collision probability closer to 1 in 20.
— LeoLabs, Inc. (@LeoLabs_Space) January 29, 2020
A equipe do Leolabs diz ainda que embora seja improvável que a colisão entre os satélites ocorra, sua infraestrutura de radares será configurada para rastrear por um tempo mais longo após o evento, na tentativa de procurar por possíveis detritos.
5/ Though it is still unlikely that these objects will collide, we have tasked our radars to schedule longer duration tracking on both objects following the event to search for evidence of any new debris (and hopefully not find any!)
— LeoLabs, Inc. (@LeoLabs_Space) January 29, 2020
Fonte: CNN, Leolabs (Twitter)