Foi informado no início da semana pelo serviço de rastreamento de detritos espaciais LeoLabs que há a chance de colisão de dois satélites inativos, em baixa órbita terrestre, colidirem acima dos EUA. Caso realmente ocorra o encontro dos dois dispositivos, haverá a possibilidade de danos tanto para os cidadãos norte-americanos quanto para outros satélites que estão em órbita na Terra.

Caso a colisão ocorra, o choque resultará em diversos fragmentos podendo causar danos a satélites próximos

Caso realmente ocorra a colisão dos satélites, o choque resultará em diversos fragmentos que poderão causar dano para satélites próximos e para os moradores do nosso planeta.

Imagem ilustrativa de satélites na terra. Fonte: theconversation
Imagem ilustrativa de satélites na terra. Fonte: theconversation

No início da semana o LeoLabs postou no Twitter informando que os astrônomos estão monitorando os satélites de 2 décadas de idade e que de acordo com os seus cálculos, eles poderão chegar a uma distância de 13 a 87 metros um do outro. A chance de colisão é de 1 para 1000.

Mesmo que a chance de colisão entre os satélites seja muito pequena, a probabilidade ainda sim representa um grande risco para a indústria espacial (em caso de danos em outros satélites próximos devido aos detritos). O astrônomo do Centro de Astrofísica de Harvard, Jonathan McDowell, disse à CNN que a possível colisão é muito preocupante.

De acordo com a LeoLabs, o tamanho dos satélites colabora para a possibilidade de colisão. Jonathan diz:

"Não é tão improvável quanto costuma ser. Começamos a ficar preocupados quando é 1 em 10.000, então 1 em 1.000 é incomum e pode ser muito pior do que isso"

Os satélites em questão são o telescópio IRAS pertencente a NASA, lançado em 1983, e o satélite experimental espião GGSE-4 do Laboratório de Pesquisa Naval dos EUA, lançado em 1967. A previsão é de que os satélites irão se encontrar na noite desta quarta-feira acima da cidade de Pittsburgh, Pensilvânia.

Telescópio IRAS pertencente a NASA. Fonte: NASA
Telescópio IRAS pertencente a NASA. Fonte: NASA

A atualização mais recente que se tem do Leolabs, ocorreu às 12:51 e diz que haverá uma distância de 12m entre os satélites e a probabilidade de colisão é de 1 para 100. Entretanto, de acordo com a equipe do laboratório, se for ajustado os cálculos levando em conta que os satélites são maiores (aumentando o raio de 5m para 10m), a chance de colisão é de 1 para 20.

A equipe do Leolabs diz ainda que embora seja improvável que a colisão entre os satélites ocorra, sua infraestrutura de radares será configurada para rastrear por um tempo mais longo após o evento, na tentativa de procurar por possíveis detritos.

Fonte: CNN, Leolabs (Twitter)