Depois que centenas de empresas americanas entraram em contato com o Departamento de Comércio dos EUA, solicitando licenças especiais para seguir com suas negociações com a Huawei, imaginei que o governo americano entenderia que não estava prejudicando somente a gigante chinesa, mas sim muitas outras empresas em solo americano.

Mas parece que eu estava errado, a guerra travada entre a Huawei e o governo dos EUA está longe de terminar. Atualmente a empresa pode negociar com algumas das empresas americanas com licenças especiais e outras por conta de uma suspensão do embargo, mas o período dessa suspensão vence em 30 dias.

Contudo existe a possibilidade de que essa suspensão seja estendida repetidas vezes, também há a possibilidade de que, em dezembro, a Huawei não tenha mais acesso aos sistemas operacionais Android do Google e Microsoft da Windows.

Matebooks estão sendo vendidos com o Deepin, distribuição do Linux variante do Debian
Matebooks estão sendo vendidos com o Deepin, distribuição do Linux variante do Debian

Nos smartphones, a Huawei está trabalhando no HarmonyOS para substituir o Android. Embora esse sistema operacional pudesse ser executado em ambiente de computadores, seria necessário mais desenvolvimento.

No entanto, já existe um sistema operacional pronto para o desktop, o Linux, e é com ele que a Huawei começou a vender seus MateBook 13, MateBook 14 e MateBook X Pro executando o sistema operacional na China.

A empresa trouxe para seus notebooks a distribuição Deepin, em particular, que é uma filial chinesa do Debian, que foi chamada de "a área de trabalho mais bonita do mercado".

A distribuição inclui muitos programas proprietários e de código aberto, como Google Chrome, Spotify e Steam. Além de incluir um conjunto de aplicativos de software desenvolvidos pela Deepin Technology, além do WPS Office e do CodeWeavers CrossOver que permite a instalação de softwares para Windows no Linux.

Com o uso de aplicativos de desktop cada vez mais se movendo para a Web e os usuários, portanto, cada vez mais independentes do SO, há uma oportunidade crescente para as empresas entregarem sistemas operacionais de desktop alternativos, como o ChromeOS e, claro, o Linux.