Talvez você não saiba, mas há um brasileiro que começou a trabalhar na Qualcomm há aproximadamente 26 anos atrás como um dos engenheiros da desenvolvedora de chipsets para celulares. Cristiano Amon, doutor em engenharia elétrica, se mudou para os EUA em 1990, onde cinco anos depois entrou para a gigante de processadores mobile. Nesta quarta-feira (30), ele foi promovido, através de votos do conselho de administração da empresa, a CEO, sucedendo Steve Mollenkopf.

Em 2018, a Qualcomm chegou a anunciar que Cristiano seria o vice-presidente da companhia, ou seja, um passo para se tornar o futuro CEO da desenvolvedora norte-americana de chips para telefones. Ao mesmo tempo, naquela época, Amon também era presidente da área de QCT na empresa, onde lidava com uma tecnologia de serviços telefônicos chamada CDMA (permite utilizar múltiplos sinais de transmissão através de um único canal possibilitando, por exemplo, o uso de redes 2G e 3G).

Em comunicado à imprensa, Cristiano Amon diz:

"Estou honrado por ser nomeado o próximo CEO da Qualcomm e agradeço a confiança que Steve e a diretoria têm em mim."

A conquista do cargo de CEO de Cristiano ocorre em um momento em que o mercado de celulares está aquecido. Houve um crescimento de cerca de 20% no primeiro trimestre de 2021 comparado ao mesmo período do ano passado, chegando ao total de 354 milhões de unidades vendidas.

Sobre a Qualcomm

Fundada em 1985 por sete ex-funcionarios do Linkabit e Irwin Jacobs, a norte-americana Qualcomm surgiu como um centro de pesquisa e desenvolvimento contratado para projetos governamentais e de defesa. Em 1988 a empresa se fundiu com a Omninet, levantiu US$3,5 milhões em financiamento e produziu o sistema de comunicação por satélite Omnitracs, que seria utilizado no transporte rodoviário. Em 1991, a companhia já contava com 620 funcionários e com os lucros gerados, foi financiado o desenvolvimento da tecnologia CDMA para redes de celular.

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