A estudante de Santa Catarina que ganhou muitos adoradores, como também repulsa por parte de alguns, ao qual usou o Facebook para denunciar os problemas enfrentados na escola em que estuda, precisou comparecer a delegacia após intimação.

Isadora Faber, dona do perfil Diário de Classe no Facebook, contou que ela precisou comparecer à delegacia, juntamente com seu pai, após sua professora de português registrar um boletim de ocorrência por calúnia e difamação.

"Estranhei, pois, para mim, o assunto já estava encerrado desde o início do mês, quando ela me pediu desculpas, eu aceitei e publiquei, está aqui até agora", declarou e garota.

De acordo ainda com a garota, na última aula de português, a professora sugeriu que todos os alunos lessem o regimento interno da instituição, por esse motivo, Isadora, salientou que "me parece censura".

O primeiro tópico que foi lido dizia que os alunos eram vedados de "Levantar injúria ou calúnia contra colegas, professores ou funcionários, bem como praticar contra eles, atos de violência de qualquer espécie (sic.)". Já o outro diz que é proibido "Promover ou participar de movimento de hostilidade ou desprestígio a unidade ou ás Pessoas que nela trabalham, inclusive por meios eletrônicos (internet, celulares) (sic.)".

Logo abaixo de todas as citações, está o subtítulo "medidas Sócio-Educativas", ao qual está escrito todas as medidas que os alunos podem sofrer caso não sigam as regras. No último item aparece a alternativa da situação ser levada para o Ministério Público de Santa Catarina. "Não sofri nenhuma medida sócio-educativa, fui parar direto na delegacia mesmo. Acho que ela deveria ler o regimento também", exclamou a aluna.

Para completar, Isadora ainda disse: "Como vocês podem ver, não é fácil manter o Diário no ar."

Entenda a situação: Isadora Faber é uma aluna de Santa Catarina ao qual resolveu expor as condições de sua escola no Facebook através da página intitulada de "Diário de Classe". No local, a garota posta comentários sobre a estrutura da escola, sobre a qualidade das aulas, meio de ensino dos professores, entre outras situações. A garota, inclusive, havia postado um vídeo (feito através de um celular na sala de aula) de um professor, ao qual alegava que ele não sabia ensinar.

A menina, com tudo isso, acabou ganhando repercussão nacional, muitas pessoas apoiam o meio ao qual ela usou para fazer suas observações, outras, no entanto, alegam que as postagens são um tanto invasivas e acabam por denigrir a imagens dos professores, escola e claro, Estado.