John Kelly, secretário de segurança nacional do Estados Unidos, confirmou no domingo (28) através de entrevista dada ao programa Fox News Sunday sobre sua intenção em barrar o uso de laptops em voos internacionais com chegada ou saída do país norte-americano, a medida deve ser adotada para evitar a ação de terroristas.

Avião da companhia United
Em março, o governo dos EUA já havia colocado restrições proibindo o porte de qualquer dispositivo maior do que um aparelho celular na cabine de passageiros em voos vindos de oito países, sendo que a maioria deles é de origem islâmica da África e do Oriente Médio, são eles: Turquia, Egito, Arábia Saudita, Jordânia, Catar, Kuwait, Marrocos e Emirados Árabes Unidos.

Kelly diz em sua entrevista ao Fox News que "É uma obsessão dos terroristas derrubar um avião em um voo de uma empresa dos Estados Unidos principalmente se tiver maior número de tripulantes do país".

Segundo as informações dos serviços de inteligência dos Estados Unidos um laptop, por exemplo, poderia ser utilizado para acionar uma bomba a bordo de um avião. "Nós vamos ampliar a barreia em geral para a aviação, estamos seguindo a Inteligência e estamos em processo para definir isto" disse John Kelly.

As companhias áreas estão preocupadas se a demanda de clientes será a mesma com a ampla proibição de laptops, mas como também prezam pela segurança de seus passageiros, a medida será aceita tranquilamente. 

O diretor executivo da United Airlines, disse durante a reunião anual da empresa que aconteceu na semana passada, "que independente de qual seja o resultado, teremos que cumprir".

Rumores em torno de assunto apontavam para restrições em voos vindos da Europa para os Estados Unidos quanto ao porte de notebooks, mas ao que tudo indica a restrição será feita em todos os voos com destino aos Estados Unidos e aos que também saem do país.

O Reino Unido também limitou transportar laptops, tablets e outros dispositivos eletrônicos maiores que um celular na cabine em voos para seis países: Líbano, Turquia, Egito, Tunísia Jordânia e Arábia Saudita em março deste ano.