Pesquisadores descobrem lagarta que consegue quebrar as ligações químicas do plástico, será que o bichinho é o ponto de partida para reduzir o desenfreado acúmulo de lixo pelo planeta?

A pesquisadora e apicultora Federica Bertocchini, da Espanha, foi quem descobriu a lagarta por acaso ao retirar estes parasitas dos favos de suas colmeias de abelhas, colocou-as dentro de uma sacola plástica, quando voltou para pegar, estava cheia de buracos.

Cerca de 80 milhões de toneladas de polietano, plástico que leva mais de 50 anos para se decompor na natureza, são produzidos por ano no mundo. A maior parte deste material vem de hospitais e de embalagens domésticas, como sacolas plásticas de supermercados.

Galleria mellonella

A pesquisadora resolveu mostrar o acontecido ao bioquímico Paolo BombellI da Universidade Cambridge, no Reino Unido.  Descobriram, que as lagartas de maripousa (Galleria mellonella), as quais se alimentam da cera de abelhas conseguem através de um processo químico degradar o plástico. Eles acreditam que poderão identificar a composição quimica que está presente nas larvas da lagarta, assim como do inseto, que consegue fazer a degradação em menos de uma hora.

Comenta Bertocchini que "não devemos pensar na possibilidade desenfreada de jogar lixo plástico em nosso meio ambiente pelo simples fato de ter encontrado um meio de degradá-lo. Mas talvez seja uma solução de acabar com os lixos que estão jogados em nossos rios, oceanos e em todo o nosso meio ambiente".

O bioquímico Bombelli disse à BBC News que "A lagarta é o ponto de partida, que precisam agora entender como o processo funciona, que esperam encontrar uma solução técnica para minimizar o problema de acúmulo de lixo plástico".