Em entrevista, Tim Cook, que está comandando a Apple há cinco anos, falou sobre a possibilidade da companhia desbloquear iPhones a pedido da Justiça. De acordo com o executivo, a companhia se esquiva de desbloquear aparelhos mesmo que envolvam crimes de grande repercussão. Ele afirma ainda que é uma questão técnica "muito profunda" entre os responsáveis da empresa.


iPhones são conhecidos pela sua super segurança. Por essa razão, Apple reluta na quebra de sigilo dos aparelhos.

"O risco do que pode acontecer se isso se concretizar, nós achamos, pode ser inacreditável terrível para a segurança pública."

De acordo ainda com Cook, a brecha criada poderia expor milhares de clientes ao redor do mundo em risco e a segurança do sistema e um dos maiores orgulhos da Apple.

"Poderíamos criar uma ferramenta para desbloquear um telefone? Após muitos dias acredito que nós poderíamos. Então a questão é ética: nós deveríamos."

Alguns casos que envolvem a necessidade de desbloqueio de celular para investigações policiais, especialmente nos Estados Unidos, no entanto, a Apple acaba negando de fazer levando em consideração que faria todos os outros aparelhos serem vulneráveis e passíveis de risco.

O FBI, após o massacre em San Bernardino, em dezembro de 2015, que resultou em 14 vítimas fatais, solicitou a Apple que criasse uma brecha proposital na criptografia dos iPhones, que possa permitir o acesso às informações de quem está sendo investigado. No entanto, a Maçã briga na Justiça para não cumprir o pedido.

Já investigadores de um assassinato em Michigan solicitaram até um dedo 3D da vítima, já que acreditam que o smartphone possa conter pistas sobre o assassinato.

A Apple, no entanto, continua relutante, e não pretende facilitar a entrega de informações de seus usuários.