De acordo com a Agência Nacional das Telecomunicações (Anatel), o valor médio da banda larga fixa de internet caiu 71% em seis anos. As informações estão contidas no relatório anual referente a 2015.

A Agência utiliza como base de comparação o cálculo do preço médio mensal pago por 1 Megabit por segundo (Mbps) por serviços de comunicação multimídia (SCM). Assim, para encontrar os valores, utiliza como indicadores o número de usuários por faixa de velocidade, além de taxa média de transferência de dados e receita das empresas prestadoras.

Após o cálculo, a Agência concluiu que o preço médio pago pelos consumidores é de R$ 5,98 em 2015. Em 2010, o valor era de R$ 21,18. Em 2014, a internet fixa estava sendo ofertada por R$ 7,08, assim, em um ano teve queda de 15,5%.

Em 2015, a Telefonica e a Oi eram as únicas operadoras que ofereciam preços acima da média, com R$ 10,27 e R$ 9,36, respectivamente. Abaixo estavam a abaixo Sercomtel (R$ 5,29), GVT (R$ 2,73), Claro/NET (R$ 2,26) e TIM (R$ 2,04).

A Anatel informou ainda que o número de prestadoras de banda larga fixa cresceu 137% entre 2010 e 2015. Assim, o ano encerrou com 5.555 companhias prestadoras do serviço de internet fixa.

A participação das empresas de menor porte respondeu por 10,16% dos acessos em 2014. Em 2015, porém, passou para 12,73% dos assinantes.

E a qualidade?

Muito se falou sobre o valor cobrado pelo uso da internet fixa do país. E a qualidade, como está?

O número de clientes, segundo o relatório da Anatel, também teve um grande crescimento ao longo dos anos, bem como, a parcela de usuários que utiliza internet de maior velocidade.

De acordo com o documento, no final de 2015, 39,1% dos acessos de banda larga fixa compreendiam a faixa de 2.12 Mbps. Na faixa de 12-34 Mbps agrupavam 21,8% dos usuários do serviço. Isso significa que em quase 61% das casas brasileiras havia internet banda larga com velocidades entre 2 e 34 Mbps.

Ao que tudo indica, um ótimo sinal. Certo? Errado. Infelizmente, o relatório da Anatel mostrou que mesmo com o aumento de domicílios que contam com internet fixa de maior velocidade, as reclamações são grandes, isso significa que a qualidade não é ideal.

Em 2014 somaram 435.913 queixas sobre o serviço de internet banda larga fixa no Brasil. Em 2015, porém, o número de relações pelo serviço para 634.383. Do total das reclamações, 49,4% correspondiam a qualidade e funcionamento do serviço ou equipamento. Assim sendo, ter uma internet mais barata e com alto crescimento não significa uma melhor qualidade de serviço. Ainda falta muito para o Brasil evoluir neste quesito.