A briga entre a Apple e o FBI foi grande, tudo porque o governo dos Estados Unidos solicitava que a Maçã desbloqueasse o seu iPhone para acessar dados de Syed Farook, responsável pela morte de 14 pessoas em San Bernardino. No entanto, após extensos pedidos, o FBI disse que não precisaria mais da ajuda da Apple para o desbloqueio, mesmo de forma judicial.

"O governo acessou com sucesso as informações armazenadas no iPhone e, portanto, não precisa mais do auxílio da Apple", comunicou o Departamento de Justiça ao tribunal.

Após o FBI anunciar que conseguiu acessar os dados criptografados do iPhone, a Apple se manifestou sobre o caso. De acordo com a companhia, desde o início do caso ela foi contra ao pedido do FBI para criar um backdoor para o iPhone, já que colocaria a segurança dos seus usuários em risco e abriria um precedente perigoso.

A companhia disse que continuará colaborando com as investigações para que a lei possa ser aplicada, porém, irá trabalhar ainda mais para aumentar a confiança de seus aparelhos contra ameaças e também ataques de dados.

A Apple completou dizendo que todas as pessoas merecem privacidade, segurança e proteção dos seus dados, e que com a quebra de tais direitos toda a sociedade fica em risco. O comunicado diz ainda que toda a corporação possui interesse em participar de um debate nacional sobre liberdade civil, segurança coletiva e privacidade, já que considera o pedido do governo um total retrocesso de décadas de trabalho e investimento na confiança dos dados de seus clientes.

O Departamento de Segurança dos Estados Unidos, por sua vez, continua trabalhando para coletar os dados criptografados do dispositivo.

O assunto, claro, deverá reder ainda mais, já que, a possibilidade do embate ter evoluído para público é muito grande.

Confira abaixo a declaração da Apple sobre o caso:

"Desde o início, nos recusamos o pedido do FBI de construir um backdoor no iPhone porque nós acreditamos que era errado e criaria um precedente perigoso. Como o resultado da desistência do governo, nada disso aconteceu. Este caso nunca deveria ter sido apresentado. Nós continuaremos a ajudar a aplicação da lei com suas investigações, como sempre fizemos, e também continuaremos a aumentar a segurança de nossos produtos conforme as ameaças e os ataques às nossas informações se tornam mais frequentes e mais sofisticados. Apple acredita profundamente que as pessoas nos Estados Unidos e ao redor do mundo merecem a proteção de seus dados, segurança e privacidade. Sacrificar um pelo outro apenas coloca as pessoas e os países em um risco maior. Este caso levantou questões que merecem um diálogo nacional sobre a liberdade dos civis, e nossa segurança e privacidade coletiva. Apple permanece comprometida em participar desta discussão."