Nesta terça-feira (12), o Grindr anunciou que está se desfazendo de uma parcela majoritária das suas ações. A responsável pela compra é a companhia chinesa de internet Beijing Kunlun Tech, que desembolsou US$ 93 milhões por 60% das ações da empresa.

O Grindr está atuando há seis anos no mercado e possui agora um valor de US$ 155 milhões. De acordo com o CEO da empresa chinesa, Carter McJunkin, boa parte da estrutura original da startup  deverá continuar igual, já que todos os acionistas concordaram que ela está funcionando bem e que não necessita de imediatas alterações.

"Por quase sete anos, o Grindr financiou seu crescimento e, fazendo isso, nós construímos a maior rede para homens gays do mundo", afirmou Joel Simkhai, fundador e presidente-executivo do aplicativo.

"Nós aceitamos esse investimento em nossa companhia para acelerar nosso crescimento, para que possamos expandir nossos serviços e continuar a garantir que nós façamos do Grindr o aplicativo número um para milhões de usuários." 

O Grindr é um aplicativo voltado para o público gay, e o primeiro investimento internacional recebido foi justamente feito por uma empresa chinesa. Vale notar que no país a situação dos homossexuais ainda é bastante complicada. Para se ter noção, até 2001, a opção sexual ainda era citada como uma doença mental em listas oficiais do governo.

Semelhante ao Tinder, o Grindr exibe aos usuários as fotos de possíveis pretendentes que estão próximos, todos baseados nas informações de geolocalização do smartphone. Assim, caso um goste do outro, eles podem ir para um chat privado.

No entanto, com o investimento, não significa que o Grindr chegará à China. A empresa ainda não comentou sobre os seus planos de expansão, porém, acredita-se que não chegará ao mercado asiático por enquanto.

A Beijing Kunlun Tech é uma empresa de investimentos direcionada para a inserção de capital no mercado tecnológico. A sua maior concentração está no mercado de games online.

A empresa ficará com 60% do Grindr. O restante, 40% das ações, serão divididos entre o fundador da empresa, Joel Simkhai, que deverá ficar como o segundo maior acionista; e o restante entre os outros executivos da empresa.