O Uber, aplicativo bastante polêmico no mundo todo, está envolvido em mais um problema. Desta vez, o serviço está sendo acusado de contratar motoristas com antecedentes criminais, incluindo assassinato, roubo e abuso sexual de crianças.

O fato foi apresentado pelo gabinete do procurador distrital de São Francisco. "Muitas das informações que o Uber apresentou aos consumidores são falsas e enganosas", disse George Gascón, procurador distrital de São Francisco, em uma conferência.

Grande parte dos motoristas que foram apresentados pelo procurador possui passagem pela polícia por dirigirem embriagados. Porém, um caso bastante grave inclui um motorista que está na condicional desde 2008, que ficou preso por 26 anos por assassinato.

O motorista em questão foi contratado pelo Uber em 2014, e desde então já realizou 1.168 corridas. Gascón explica que a empresa não teve acesso aos seus antecedentes criminais, pois o motorista usou um nome falso para conseguir o trabalho.

Outro motorista já foi condenado por abuso sexual contra uma criança de 14 anos. "Ele já fez 5.697 corridas para passageiros Uber, incluindo crianças desacompanhadas", disse o procurador.

"Eu apoio a inovação tecnológica. A inovação, no entanto, não dá às companhias uma licença para enganar consumidores sobre questões que afetem sua segurança", disse o promotor de San Francisco, George Gascón.

Vale notar que o Uber está enfrentando problemas com as prefeituras de Los Angeles e São Francisco desde dezembro do ano passado. Elas alegam que o aplicativo vem falhado na escolha de seus motoristas.

O Uber faz a verificação da ficha criminal dos seus contratados dos últimos sete anos. "A Assembleia Legislativa do Estado da Califórnia decidiu que sete anos é o suficiente para proteger o público e, ao mesmo tempo, dar a oportunidade de trabalhar e de se reabilitar para ex-detentos", disse o Uber em uma publicação recente em seu blog.