Além do próprio campo magnético, os satélites também irão analisar a interação que o mesmo possui com os ventos solares, onde em alguns casos podem afetar as telecomunicações e redes elétricas de nosso planeta. Os satélites da NASA pegaram uma "carona" com a nave Atlas, da empresa americana "United Launch Alliance", sendo que o lançamento da mesma ocorreu no Cabo Canaveral, na Flórida, Estados Unidos, por volta das 23h44 no horário de Brasília. Essa missão durará dois anos.

Os quatro satélites pesam 1,2 toneladas, cada um. Os mesmos, depois de lançados ao espaço e livres da nave "mãe", viajarão em formação de pirâmide, permitindo à NASA, imagens em três dimensões. Com essa formação, os satélites também permitirão que a Agência Espacial Norte Americana possa recolher uma grande quantidade de informações, que vai desde a zona de colisão passando pelo campo magnético terrestre e as partículas solares que chegam a grandes velocidades, formando assim seu próprio campo magnético.

Isso tudo irá acontecer a 60.000 km de distância da Terra. Vale salientar que o campo magnético da Terra, geralmente nos protege destas partículas, mas quando essas erupções solares de alta densidade ocorrem, inicia-se o chamado fenômeno de "reconexão magnética", as mesmas que dão origem as "Auroras Boreais" e também as "tormentas magnéticas", essas que geralmente causam problemas nos satélites de comunicações e nas redes elétricas da Terra.

Os cientistas da NASA esperam que a missão que tem a denominação de "Magnetospheric Multiscale", possa permitir a eles informações sobre a estrutura e a dinâmica da energia que os campos magnéticos trocam quando se encontram e também esperam conseguir captar dados do exato momento em que se produz uma explosiva liberação de energia.

Em relação a essa missão, os cientistas esperam que a mesma seja a chave para o entendimento de como ocorre à troca de energia e de como essa mesma afeta os fenômenos meteorológicos no espaço e seus efeitos sobre os sistemas tecnológicos modernos.