O cometa denominado de 67/P Churyumov-Gerasimenko, é observado pelo pequeno laboratório Philae, que no atual momento encontra-se em repouso devido a falta de luz solar para carregar seus painéis. Entretanto a bateria que o módulo/laboratório carrega junto de si, possui autonomia de dois dias, assim sendo, permitiram que fosse possível realizar alguns estudos com seus dez instrumentos instalados.

O módulo que aterrissou no referido cometa, na última quarta-feira, 12 de novembro, conseguiu registrar algumas particularidades do astro até o dia 15 do mesmo mês, quando suas baterias se descarregaram em virtude da falta de luz solar.

Ao trabalhar por mais de 60 horas sem parar, mandando os dados captados para a nave-mãe denominada, "Rossetta"; o módulo conseguiu descobrir, segundo os cientistas da missão, que a superfície do cometa 67/P Churyumov-Gerasimenko é muito aquém do que eles esperavam.

Segundo as informações repassadas pela ESA, o sensor acoplado ao robô, Mupus, não conseguiu perfurar a superfície do cometa em virtude de sua rigidez.

De acordo com o professor do Instituto de Pesquisa Planetárias da ESA, Tilman Spohn, a potência do "martelo" foi aumentada, mesmo assim não foi possível perfurar o solo do cometa, onde ele ainda explica dizendo o seguinte: "Embora tenhamos aumentado gradualmente a potência do martelo, não atingimos a profundidade do solo".

Mas o robô Mupus, com o auxílio de um dos dez instrumentos acoplados a ele, conseguiu através da broca SD2 realizar alguns testes no solo, descobrindo as primeiras moléculas orgânicas.

A nave-mãe que acompanhará o cometa até o final da missão, que se encerrará no final de 2015 devido à proximidade do cometa junto ao sol, proporciona 80% das informações científicas e o módulo/laboratório que se encontra junto à superfície do cometa, fornece 20% deste estudo. A Rossetta (nave-mãe) durante esses seis dias perseguindo o cometa, já detectou que o mesmo emite vapor d’água.