De acordo com ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, o governo federal já começou a discutir com as operadoras sobre as mudanças do modelo de concessões de telefonia fixa. Segundo Bernardo, essa discussão é muito importante visto que a utilização de telefonia fixa no Brasil tem diminuído muito, podendo assim, ser incorporada aos serviços de voz pela internet.

Vale salientar que muitos destes contratos têm validade até 2015 e o ministro das Comunicações teme que a telefonia fixa acabe antes deste período.

 Em uma entrevista a jornalistas após participar de um evento com empresários do ramo, Paulo Bernardo declarou que: "Faltam quase dez anos, um prazo razoável, mas pode ser que em 2020, ninguém mais use esse tipo de telefonia".

Assim sendo, Bernardo indicou que os contratos possam ser revistos em comum acordo com as operadoras, abrindo uma possibilidade para as empresas oferecerem pela mesma concessão, o serviço de banda larga.

Na mesma entrevista o ministro ainda declarou que: "É muito mais correto que as empresas possam ter a possibilidade de oferecer serviços integrados, como por exemplo, o serviço de internet do que somente o serviço de telefonia, para isso precisamos realizar mudanças com base na revisão dos contratos para que as empresas possam também oferecer banda larga a seus clientes", comentou Bernardo.

Além disso, ele também admitiu que pudesse haver a necessidade de apresentar novos atrativos para as companhias que atuam no segmento de banda larga, mas as concessões não poderão ser uma espécie de "self service", em que se pega apenas aquilo que se quer.

De acordo com Paulo Bernardo, essa discussão poderá evoluir em 2015, junto com outras discussões sobre o plano geral de metas da universalização de serviços de telecomunicações.