O Analista de Requisitos é a peça fundamental na criação do produto que se transformará no software. Transmite para a equipe de desenvolvimento o que foi relatado pela parte que encomendou o software e outros detalhes que o analista de requisitos conseguiu mapear por observações e entrevistas. Possui a difícil tarefa de traduzir as diversas perspectivas em uma especificação e manter o elo entre todos os stakeholders.

Mas para detalhar melhor tal profissional, segue alguns pontos importantes.

Um Bom Analista de Requisitos

Um bom Analista de Requisitos requer dominar a comunicação efetiva e sólidos conhecimentos técnicos, mesmo que não seja um expert em programação. Irá desempenhar uma função estratégica no desenvolvimento de softwares. Trabalhar com excelência como analista de requisitos é, além de mapear os requisitos ditos pelos stakeholders, mapear outros requisitos que irão aperfeiçoar o processo de desenvolvimento.

Segue a figura de um cronograma que ilustra cada uma das etapas que o Analista de Requisitos terá que mapear durante o processo de desenvolvimento de um determinado software. 

Conhecimento (Formação)

O profissional Analista de Requisitos com experiência como usuário de sistemas precisará balancear seu extenso conhecimento de negócio e do ambiente operacional com treinamentos suplementares em Engenharia de Software e como se comunicar com os demais stakeholders da área técnica. Por outro lado, esse profissional com experiência em desenvolvimento precisará se aprofundar no entendimento de regras de negócio e melhorar a comunicação com usuários.

Esse importantíssimo papel não era destinado a um profissional especificamente, normalmente, era acumulado por um Desenvolvedor ou por um Analista de Sistemas. Mas, devido ao aperfeiçoamento dos processos, o mercado tem procurado esse profissional especializado.

O Perfil profissional (Comportamental)

Esse profissional deve falar a língua do usuário para evitar barreiras no relacionamento e não comprometer andamento do projeto. Deve ter a capacidade de abstrair e, digamos que seja quase um psicólogo para os usuários, escutá-los, entender o perfil do usuário, saber conversar, mas não deixar de ser objetivo. Durante o levantamento de requisitos, deve enxergar possíveis problemas, impactos, conexões com outros sistemas existentes.

Envolver os outros participantes, ter empatia, isso tudo para conseguir perceber os detalhes não ditos que farão toda a diferença no produto final. Perceber as sutilezas do comportamento do outro e extrair o desejo de um usuário muitas vezes frustrado com sistemas que não funcionam é bem complicado. O quanto antes os problemas forem detectados será mais barato e mais fácil resolvê-los. Detectar os problemas apenas no desenvolvimento é algo que deve ser minimizado, pois pode levar a desentendimentos.

Ser analítico e organizado é primordial para conseguir gerir várias tarefas. Citado várias habilidades necessárias para desempenhar essa função confirma a frase que diz que essa função é muito mais que automatizar tarefas e sim, prover soluções de negócio.

Competências (Job)

Há uma integração muito importante que se inicia com o analista de requisitos. Ao identificar as necessidades do negócio e definir os requisitos, escrever as especificações, modelar os requisitos, coordenar a validação e gerenciar os requisitos, permite ao gerente de projetos estimar, aos desenvolvedores projetar e construir, e aos testadores testar o produto. É o principal responsável pelo fluxo de requisitos entre os clientes e a equipe de desenvolvimento de software, e também coletar e disseminar as informações do produto.

Segue na figura abaixo uma ilustração do problema enfrentado pelo Analista de Requisitos no processo de levantamento dos requisitos.

Levantamento de Requisitos.

A atuação de um analista de requisitos inclui a elicitação dos requisitos, ou seja, comunicar-se com os usuários e clientes para determinar quais são os requisitos do sistema; a análise de requisitos, ou seja, analisar os requisitos levantados e determinar se são obscuro, incompleto, ambíguo, contraditório e torná-lo útil ou excluí-lo, ou então, implementá-lo; documentação dos requisitos, ou seja, documentar os requisitos ou como documentos de linguagem natural, casos de uso, ou processo de especificação.

Utilizar das técnicas e ferramentas para levantamento de requisitos focado em tornar mensurável o objetivo individual de cada requisito e, integrar todos os requisitos com objetivo do produto final que é o software em desenvolvimento. Ferramentas essas que permitem registrar as necessidades do cliente; derivar quais funcionalidades serão efetivamente implementadas no software; derivar as  funcionalidades em casos de uso; gerenciar os casos de uso em níveis de priorização e o estado em que se encontram: ora em análise, ora em implementação, ora implementado; desenhar protótipo de telas e associá-lo aos casos de uso; acessibilidade para que o cliente possa validar os casos de uso e protótipos de interface visual; gerar relatórios gerenciais como: total de casos de uso por estado, por priorização, rastreabilidade do caso de uso.

Certificação

Lembre-se que para exercer a função, há a necessidade de fazer uma certificação adequada a Analista de Requisitos. A mais conhecida é a certificação Engenharia de Requisitos da IREB. Criada em 2006 com a visão de criar uma base internacionalmente aceita de profissionalização da disciplina Engenharia de Requisitos, de forma a dar importância e orientação correspondente ao seu valor para a indústria.

Então é isso. Nesse artigo gostaria de trazer detalhes de o que fazia um analista de requisitos e quais as principais características tanto comportamentais quanto técnicas que seria importante possuir ou conquistá-las. E mostrar as opções de propostas saláriais que pode-se vir a ter. Espero que tenha gostado. Curta e Compartilhe! Deixe seu comentário. Até o próximo artigo.