Se não bastasse a Playstation Network (PSN) ter sofrido ataque e estar fora do ar por mais de uma semana, agora a Sony esta sendo processada por vazamento de dados dos usuários da PSN. Segundo o site CNet, o usuário americano Kristopher Johns, do estado do Alabama, acusa a fabricante japonesa de não tomar "cuidados razoáveis para proteger, criptografar e assegurar os dados pessoais e sensíveis de seus usuários".

Nos Estados Unidos, diversos legisladores falaram sobre a invasão, na qual hackers roubaram nomes, endereços e possivelmente detalhes de cartões de crédito de 77 milhões de usuários. Um escritório de advocacia da Califórnia abriu processo em nome dos consumidores. "Os jogadores estão furiosos pelo presidente-executivo não ter explicado a situação e os investidores estão decepcionados com a governança corporativa da empresa", disse Michael Wang, administrador de fundos internacionais da Prudential Financials, em Taipé, que detém ações da Sony.

Queda nas ações
As ações da Sony fecharam em queda de 4,5%, depois de acumularem perdas de mais de 5% em dado momento, enquanto o mercado japonês subiu 1,6%. A queda acumulada da empresa esta semana já atinge os 8%. Alguns administradores de fundos afirmaram que o impacto pode ser contido. "As ações da Sony já atingiram seu ponto mais baixo desde o terremoto (no Japão em março), e por isso creio que os riscos adicionais de queda sejam limitados. Os investidores que compram Sony estão apostando no crescimento do PlayStation. Os adeptos do videogame em geral não deixam de jogar devido a apenas um incidente", disse Wang.

O instituto Ponemon, uma firma de pesquisa em segurança de dados, estima que o roubo de informações confidenciais custa às empresas uma média de US$318 por ocorrência. Se todos as 77 milhões de contas da PSN ficarem expostas a cibercriminosos, o prejuízo da Sony pode chegar a US$24 bilhões, como conta a Forbes.