Lendo a reportagem da Revista IstoÉ dinheiro desta semana, reportagem feita por Bruno Galo, matéria por sinal muito bem elaborada, mostra nos o desprezo da empresa Apple com o nosso País. Lançado nesta última quarta-feira dia 2, Steve Jobs, subiu ao placo do Yerba Buena Center, em São Francisco, nos EUA, para apresentar o novo iPad 2.

Por si só a presença do CEO da empresa Apple causou surpresa por seu estado de saúde, pois Steve Jobs encontra-se afastado do trabalho por licença médica. Entretanto, Jobs não perdeu a oportunidade mais uma vez, de ser o responsável a apresentar ao mundo o mais novo produto lançado por sua empresa.

O tão já falado e conhecido por sua expectativa de lançamento, o iPad 2. Mas o que realmente chamou a atenção dos jornalistas brasileiros presentes ao lançamento foi à lista de países contemplados com o lançamento do novo objeto de desejo de muitos consumidores.

A lista de países contemplados com o lançamento do novo iPad 2 são: Austrália, Canadá, Inglaterra, Hungria, República Tcheca e Estados Unidos, e o Brasil? Perguntaram-se os jornalistas brasileiros presentes no evento. O Brasil, mais uma vez ficou fora dos países contemplados com mais um lançamento feito pela maça, o que mais uma vez, demonstra o apreço que a companhia Apple tem pelo país.

Em idéia apresentada na reportagem, o minúsculo país de Luxemburgo, país próximo a Alemanha, com apenas 493 mil habitantes, contará com o iPad 2 no dia 25. Segundo ainda a reportagem da revista, conta que o retrospecto mostra que o consumidor brasileiro precisará ter paciência se quiser comprar aparelhos da empresa Apple.

Em seu lançamento no ano de 2007, o iPhone, jamais teve um lançamento que fosse simbólico em nosso país. Seus modelos 3G e 3GS, levaram mais de dois meses para desembarcar no Brasil, já o iPhone 4, levou três meses para desembarcar no Brasil. O lançamento da primeira versão do iPad da empresa Apple que teve seu lançamento ano passado levou oito meses para aparecer por aqui, sendo um dos últimos países a receber o tablet da Apple.

Levando oito meses para desembarcar em solo brasileiro, se não bastasse, o produto chegou aqui em quantidades ínfimas. Para se ter uma idéia de quanto apreço a empresa Apple tem para com nosso país, ou digamos, com os consumidores da nossa terra, desde o natal não se encontra mais o equipamento a venda no Brasil.

As empresas de telefonia alegam que a fabricante não enviou remessas do aparelho, segundo Alex Zornig, diretor financeiro da Oi em coletiva no final do ano passado, alegou que; "O Brasil não é prioridade para a Apple. As operadoras brasileiras receberam 70 mil iPhones 4, que acabaram em três dias".

Ainda na reportagem da Revista IstoÉ dinheiro, conta que no último trimestre de 2010, foram vendidos 16,2 milhões iPhones no mundo, já no Brasil, cerca de 150 mil unidades apenas, isto é, o lote trazido pela fabricante ao país.

Segundo o que alega a empresa Apple a não investir no Brasil é a alta carga tributária de impostos. Em afirmação dada ao Jornal O Globo no ano passado, Jobs, CEO da empresa Apple, falou que; "Não podemos nem exportar nossos produtos direito em razão da política maluca de taxação super alta do Brasil, isso faz com que seja pouco atraente investir no País".

Sabendo disso, a revista procurou a empresa Apple que por meio de sua assessória de imprensa falou que; "Interesse pelo Brasil tem aumentado de forma clara em razão do empenho em crescer no varejo e atender o país todo".

Hoje a Apple atua no mercado nacional por meio de parceria com grandes lojas de varejo, além de revendedores credenciados ou de comércio eletrônico. Sendo assim, não tendo a empresa loja própria em nosso país, os consumidores que quiserem obter mais rapidamente produtos da companhia americana terão que procurar lojas do exterior ou até mesmo, através de lojas via internet ou, aguardar sem pressa que cheguem os produtos até nosso mercado nacional através das lojas representantes.