O Twitter removeu permanentemente o ex presidente dos Estados Unidos de sua plataforma na última sexta-feira, citando preocupações sobre o "risco de mais incitação à violência" e as transgressões anteriores de Trump.

"No contexto de eventos anteriores, deixamos claro na quarta-feira que violações adicionais das Regras do Twitter potencialmente resultariam neste mesmo curso de ação", escreveu o Twitter. "…Deixamos claro, há anos, que essas contas não estão acima de nossas regras e não podem usar o Twitter para incitar a violência."

Trump não será capaz de contornar a proibição do Twitter criando uma nova conta ou usando um apelido, um porta-voz do Twitter esclareceu. Se o presidente tentar escapar de sua suspensão, qualquer conta que ele use também estará sujeita ao banimento por quebrar as regras do Twitter.

Neste meio tempo, Donald Trump pareceu ter feito exatamente isso, utilizando a conta @POTUS disse, "Nós não seremos silenciados! O Twitter não é sobre LIBERDADE DE EXPRESSÃO, "Trump tuitou por meio dessa conta, indicando que sua equipe pode construir sua própria plataforma em um "futuro próximo".

O Twitter enfatizou que deixou clara a ameaça de uma proibição iminente e chamou os eventos desta semana de "terríveis". Embora Trump já tenha quebrado as regras da plataforma, a empresa manteve sua conta sob sua orientação especial para líderes mundiais e informações de interesse público.

Porém em uma análise mais detalhada, o Twitter publicou as avaliações dos tweets de Trump que levaram à sua suspensão. Dois de seus tweets na última quinta-feira parecem ter levado a conta ao limite, e o Twitter os interpretou como uma possível incitação à violência no contexto dos eventos da semana.

Na última quarta-feira, o Twitter suspendeu a conta do presidente Trump até que ele excluiu três tweets que a empresa sinalizou como violando suas regras, com isso a conta de Trump ficou com restrição por 12 horas, após esse período ele voltou à plataforma na noite de quinta-feira com um vídeo no qual ele parecia admitir sua derrota nas eleições pela primeira vez.

Trump cruzou os limites com o Twitter ao não condenar um grupo de seus apoiadores que organizou uma rebelião violenta no edifício do Capitólio enquanto o Congresso se reunia para certificar os resultados das eleições. Em um tweet, Trump compartilhou um vídeo no qual gentilmente encorajou o grupo a voltar para casa, enquanto assegurava a seus agitados seguidores que os amava e que eram "especiais".

Naquela época, o Twitter já dizia que os tuites de Trump continham "violações repetidas e graves" de sua política de integridade cívica e ameaçaram que quaisquer violações futuras resultariam na "suspensão permanente" da conta do presidente.