A Huawei ganhou mais 90 dias para poder comprar componente de empresas norte-americanas, mas ao mesmo tempo teve mais de 40 afiliadas da empresa inseridas na lista negra do país. A informação foi dada pelo Departamento de Comércio nesta segunda-feira (19). 

A prorrogação de 90 dias "tem o objetivo de proporcionar aos consumidores em toda a América o tempo necessário para fazer a transição para longe dos equipamentos da Huawei, dada a persistente ameaça à segurança nacional e à política externa", informou o departamento em comunicado. 

A chinesa, por sua vez, também emitiu um comunicado oficial em que alega que essa extensão "não muda o fato de que a Huawei foi tratada injustamente". A empresa também frisou que esta decisão tomada pelo governo de Donald Trump não vai ter um impacto substancial em seus negócios.

Huawei recebe mais 90 dias para comercializar com empresas norte-americanas.
 

A Huawei foi colocada na lista negra dos Estados Unidos em maio. Segundo o governo norte-americano, a chinesa está envolvida em atividades contrárias à segurança nacional dos Estados Unidos. Já na época, a Huawei teve 90 dias para comprar alguns produtos fabricados no país como forma de não afetar seus clientes - o prazo venceria nesta segunda-feira (19), mas foi prorrogado. 

Mas ao mesmo tempo que teve esse direito concedido, o secretário de comércio dos EUA, Wilbur Ross, informou que outras 46 afiliadas da Huawei foram proibidas de fazer negócios com firmas americanas. No total, 100 entidades da empresa estão nesta situação

A lista inclui filiais da chinesa em países como Argentina, Austrália, China, Costa Rica, França, Índia e outros. A Huawei reprovou a atitude do governo norte-americano, alegando que essa decisão foi tomada com fins políticos e não com objetivo de garantir a segurança nacional.

Dessa forma, a chinesa tem até dia 19 de novembro para descobrir o que fazer. Caso o acordo de fato seja imposto, a Huawei perde parcerias importantes como Google (e consequentemente o Android), Facebook, entre outros.

Fonte: reuters