A ascensão dos serviços em nuvem, as plataformas digitais e os avanços em Inteligência Artificial impulsionaram vários setores da economia global, mas as estruturas que mantêm essas tecnologias funcionando sem problemas são os Data Centers (DCs), que abrigam grandes estruturas de servidores que operam sem parar.

À medida que a sociedade consome quantidades cada vez maiores de dados, a demanda por conhecimento e serviços mais ricos em ritmo acelerado tornou-se uma expectativa. Para acompanhar o consumo e a criação de dados, as infraestruturas digitais precisam evoluir. O Data Center moderno é complexo e vai além do imenso volume de informações que ele pode manipular - envolve o gerenciamento de processos sofisticados, garantindo maior eficiência e tempos de resposta mais rápidos. Os ambientes de armazenamento corporativo dão suporte a tarefas on-line cotidianas, como realizar pesquisas, pagar contas, salvar arquivos que podem ser acessados de qualquer lugar e até mesmo automatizar processos complexos com a ajuda de agentes de inteligência artificial baseados na Web.

O treinamento e a implementação de modelos de IA requerem enorme capacidade de processamento e armazenamento ultrarrápido. É por isso que os data centers dedicados a essa tecnologia, também chamados de AI DCs, exigem SSDs de nível empresarial com alto desempenho e eficiência energética para suportar a necessidade de cargas de trabalho máximas de aplicativos digitais.

Cenário regulatório

Com o avanço da IA generativa e agêntica e o crescimento exponencial da quantidade de dados, o armazenamento se tornou um dos pilares essenciais desse tipo de infraestrutura. Agora, há sistemas relativamente simples que dependem de mais de vinte modelos de linguagem e, nesse cenário, as tecnologias baseadas em memória flash, como os SSDs corporativos, têm se destacado por oferecer alto desempenho, menor consumo de energia e maior confiabilidade em comparação com a mídia tradicional.

Mapa de Data Centers no Brasil; Foto: Data Center Map

Atualmente, o Brasil possui mais de 190 DCs, de acordo com informações do site Data Center Map, sendo 58 unidades em São Paulo. Recentemente, o governo brasileiro editou uma medida provisória estabelecendo o Regime Especial de Tributação para Serviços de Data Center, o Redata, com o objetivo de trazer infraestruturas de TI para o Brasil.

Com esse programa, o Brasil pretende aumentar a capacidade de seus DCs, tornando o país um dos principais participantes da América Latina, pois ofereceria incentivos fiscais federais em troca de condições como a exigência de que as empresas apliquem 2% de seus investimentos em projetos de pesquisa e desenvolvimento no país, entre outros termos.

Como resultado dessa tendência e da demanda por infraestrutura confiável e eficiente, o Brasil está emergindo como um dos mais importantes destinos de investimento em instalações de servidores na América Latina, com investimentos que podem chegar a US$ 11,4 bilhões (R$ 60,8 bilhões) até 2026, de acordo com a Brasscom. Essa expansão indica a evolução digital do país e pode representar um passo essencial para que o Brasil acompanhe a velocidade do avanço digital e da IA, além de estabelecer as bases para a inovação e o desenvolvimento sustentável.

Está claro que, à medida que a economia digital cresce, os data centers permanecerão no centro das atenções, e seu verdadeiro diferencial será a velocidade e a segurança com que armazenam e processam os dados que impulsionam a era da inteligência artificial.

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