No início desta semana o Departamento de Justiça dos EUA abriu um processo contra a Google acusando-a de ter praticado monopólio ilegal de buscas e publicidade em buscas. Este está sendo o culminar de uma investigação que levou mais de um ano para descobrir se realmente havia práticas anticompetitivas praticadas pela companhia. Este é o primeiro caso antitruste em décadas que ocorre no mundo da tecnologia.

O governo dos EUA diz que a Google violou as leis antitruste do país agindo como um "guardião" da internet. Na acusação é dito que a empresa bloqueou de forma ilegal suas concorrentes ao realizar acordos com fabricantes de smartphones como Apple e Samsung, para que sua plataforma fosse o mecanismo de buscas padrão dos celulares. Além disto, a companhia também foi acusada de abusar do domínio de seu sistema operacional Android obrigado as fabricantes de celulares a pré-instalar seus apps nos telefones.

O procurador-geral adjunto dos EUA, Jeff Rosen diz:

"Como a queixa antitruste apresentada hoje explica, [o Google] manteve seu poder de monopólio por meio de práticas de exclusão que são prejudiciais à concorrência. Se o governo não aplicar as leis antitruste para permitir a concorrência, podemos perder a próxima onda de inovação. Se isso acontecer, os americanos podem nunca ver o próximo Google."

Até o momento, onze estados estão entrando com seus procuradores-gerais na ação. São eles: Arkansas, Flórida, Geórgia, Indiana, Kentucky, Louisiana, Mississippi, Missouri, Montana, Carolina do Sul e Texas.

O poder da Google vem de sua enorme publicidade digital que abocanha 85% das vendas anuais, o equivalente a US$160 bilhões. Este serviço propaganda funciona através do mecanismo de busca da Google, responsável por 90% das pesquisas feitas online no mundo. Jeff Rosen diz:

"[Google] manteve seu poder de monopólio por meio de práticas de exclusão que são prejudiciais à concorrência."

Apesar das acusações, o vice-presidente sênior de assuntos globais da Google, Kent Walker, negou o envolvimento da empresa em comportamentos anticompetitivos. Kent diz:

"O processo de hoje pelo Departamento de Justiça é profundamente falho. As pessoas usam o Google porque querem, não porque são forçadas ou porque não conseguem encontrar alternativas."

Processos contra a Google podem estar só começando

Os problemas com a legalidade da Google podem estar só começando. Além do processo do Departamento de Justiça dos EUA, sete estados, incluindo Nova York e Colorado, afirmaram estar concluindo suas próprias investigações sobre a Google nas "próximas semanas".

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