Um artigo publicado na LA Times diz respeito aos empréstimos feitos pela Netflix. Segundo as informações publicadas neste artigo, a companhia estaria com uma dívida total de US$ 20 bilhões, o equivalente a R$ 62 bilhões.

A empresa pretende arrecadar o respectivo valor dos seus investimentos com o crescimento do número de assinantes. Atualmente, a Netflix conta com 104 milhões de assinantes no mundo todo.

Em 2016, a companhia havia investido cerca de US$ 800 milhões, cerca de R$ 2,5 bilhões na produção de conteúdo original. A dívida, na época, ficou em US$ 3 bilhões, cerca de R$ 9,4 bilhões.

Com estes investimentos/empréstimos o serviço de streaming tem como principal foco a produção de seus próprios seriados e o licenciamento para exibição de conteúdo de terceiros. A companhia aposta que desta maneira conseguirá atrair novos usuários.

Confira o gráfico abaixo:


Gráfico
Gráfico/estimativa

 

Mike Vorhaus, presidente da consultora Magid Advisors não considera a prática da empresa uma boa estratégia, ele diz "Ninguém controla um monopólio para sempre. Penso que eles precisarão de muita sorte para não se afundar em contas quando o crescimento se estagnar".

Enquanto que Michael Pachter, da Wedbush, não credita em um bom futuro para companhia. "Não acredito que a Netflix conseguirá acertar isso nesse ponto. Penso que eles estão chutando o balde, mas as consequências estão vindo."

Ou seja, alguns analistas consideram a forma como o portal de streaming gerencia seu negócio, uma maneira arriscada, pois os valores dos empréstimos são consideravelmente altos para produção de conteúdo e licenciamento, em um mercado ainda um tanto quanto incerto.