O NLCE (Netherlands-China Low-Frequency Explorer), um dispositivo observatório do universo localizado na órbita do lado mais afastado da Lua está finalmente funcionando após mais de um ano de preparação. Se trata de um experimento para captar sinais de rádio, emissões de hidrogênio e sinais primordiais do universo, sem a interferência da ionosfera terrestre.

Como o nome sugere, se trata de uma iniciativa chinesa e holandesa ("explorador de baixa frequência dos Países Baixos-China"), e mais recentemente, uma missão chinesa chamada de Chang’e 4, abriu as três antenas do explorador para então começar a buscar sinais da "Idade das Trevas" do Universo, ou seja, do primórdio de tudo, quando nem mesmo a vida, nem mesmo a Terra e nem mesmo estrelas haviam se formado. Se trata de uma pesquisa que pode ajudar a responder muitas dúvidas milenares que a raça humana tem. Porém, há uma falha na abertura de uma das antenas do explorador, o que deve atrasar mais um pouquinho a pesquisa.

O NCLE orbita a Lua já a um ano e meio, em meio a preparações extensas para o início da missão. Agora, a segunda fase se inicia com a missão chinesa Chang’e 4 por perto. Eles aproveitaram para iniciar o processo de pesquisa e captura de dados por parte do dispositivo. Porém, uma das três antenas não abriu propriamente, mas mesmo assim o explorador pode detectar emissões de hidrogênio de 800 milhões de anos após o Big Bang, o que é bem próximo do que poderia captar com plena funcionalidade.

"Nossa contribuição para a missão chinesa Chang’e 4 aumentou tremendamente", disse Marc Klein Wolt, líder da equipe holandesa. "Temos a oportunidade de fazer nossas observações durante as noites de 14 dias atrás da Lua, tempo bem maior do que a ideia original. A Lua agora é nossa". Agora, veremos aos poucos e ao longo dos anos o resultado dos esforços da comunidade científica internacional para desvendar a história e os segredos de nosso universo.