Dois macacos foram clonados usando a técnica da ovelha Dolly. Zhong Zhong e Hua Hua. A informação foi divulgada por cientistas chineses do Instituto de Neurociência da Chinese Academy of Sciences, na cidade de Xangai.

Os dois macacos da espécie Macaca Fascicularis, são frutos de anos de pesquisa com a técnica chamada "somatic cell nuclear transfer (SCNT)" (transferência nuclear de células somáticas (TNCS)). Eles foram os primeiros primatas clonados a partir de uma célula não embrionária. Há oito semanas Zhong e seis semanas Hua, têm sido alimentados por mamadeiras e crescem normalmente. Os testes genéticos em ambos, confirmam que foram realmente duplicados.

Em 2000, cientistas clonaram macacos com outra técnica. Dividindo o embrião, depois de fertilizado. Produziu-se na época um irmão gêmeo geneticamente idêntico. Essa técnica é válida, mas permite apenas a criação de até quatro animais idênticos. A técnica atual torna esse número ilimitado.

Zhong Zhong e Hua Hua os macacos clone. Foto: divulgação Chinese Academy of Sciences
Zhong Zhong e Hua Hua os macacos clone. Foto: divulgação Chinese Academy of Sciences

Como funciona a SCNT

A SCNT é uma técnica que permite criar um organismo geneticamente idêntico ao clonado. Os cientistas implantam num óvulo sem núcleo, previamente removido, o núcleo da célula do doador (base do clone). O óvulo com novo material genético é fertilizado e reimplantado no útero do animal que irá gerar o embrião.

Qual motivo para clonar animais?

Segundo os pesquisadores, a ideia é criar cópias geneticamente idênticas para testar e estudar doenças genéticas ou imunitárias, câncer e distúrbios metabólicos.

Os clones, deveremos ver mais deles em breve, vão servir justamente para testes de medicamentos e tratativas de cura para doenças que ainda não encontramos cura.

Na teoria, essa novidade também torna a clonagem humana mais realística do que nunca, levando em conta a similaridade genética entre os primatas e humanos. Entretanto, pode levar anos ou até mesmo nem acontecer a clonagem humana. Há muitas objeções éticas por cientistas e órgãos. Além do que, imagine as consequências de um caso humano dar certo, o que aconteceria com essa "pessoa", conseguiria viver a pressão de existir alguém idêntico a ela?

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