Viemos em um mundo altamente conectado onde é impraticável viver sem um perfil em alguma rede social seja você um simples usuário ou até mesmo uma grande multinacional. Pois e sobre este espaço que imita a vida de uma forma tão dinâmica e interativa que vamos falar hoje. Qual a importância das redes sociais para sua empresa? O acesso a estas redes devem ser proibidas dentro do ambiente corporativo ? O que deve ser permitido e por que.


Antes de tudo, você sabe o que é uma rede social?


Podemos caracterizar as redes sociais virtuais como um fenômeno do novo mundo que vivemos, o fácil acesso a tecnologia e conexão com a internet por meio dos computadores, tablets e celulares ajudou a difundir esta nova forma de interação pessoal. Por isso devemos procurar compreender o funcionamento deste ambiente multidirecional e horizontal onde o usuário sente-se livre para expressar seu pensamento a respeito de um determinado tema este é um dos pontos principais que as empresas devem focar em politicas de utilização de redes sociais para as suas campanhas de marketing viral e por que não de endomarketing.


A liberdade de uso por parte dos seus colaboradores



Colaborador conectado produz mais!
Um fato bastante importante para a empresa é deixar os seus funcionários bastante conscientes da real funcionalidade de se utilizar redes sociais dentro do ambiente coorporativo, expondo as suas politicas de utilização nos primeiros dias de trabalho ( caso a utilização seja liberada).

O funcionário realmente consciente e instruído utilizará estas ferramentas dinâmicas de interação para ampliar a sua produtividade, mas a empresa também necessita estimular a utilização para este fim. Com o advento dos dispositivos moveis conectados é bastante interessante para empresa liberar a utilização das redes sociais pois saberá onde o seu colaborador se encontra, um exemplo disso é o Google Latitude.

A existência de redes sociais voltadas para produtividade corporativa é uma realidade atualmente, portanto inibir a utilização de uma ferramenta como esta e dar passos para trás e abrir espaço para a concorrência. Um bom exemplo de uma ferramenta digital e rede social é o Mindmaster com ele é possível construir mapas mentais colaborativos onde todos iram interagir entre si.

Podemos estimular a utilização das redes sociais para sugestão de pautas nas reuniões na empresa ou até mesmo alertar os colaboradores sobre tal evento. Lembra daquele quadro de avisos que ficam logo na entrada da empresa? Quantas vezes você passou mais de 4 minutos lendo aquele monte de informações presas por tachinhas? Este quadro pode ser muito bem trocado por uma conta em uma rede social que alerte os funcionários sobre os acontecimentos dentro da empresa. Portanto a utilização das redes sociais pode ser uma grande ferramenta de endomarketing proporcionando a interação entre todos da empresa.


O que exatamente devemos permitir?


Devemos mostrar qual e o perfil da empresa na era 2.0 e juntamente com os colaboradores construir uma politica de utilização, fazendo com que todos construam juntos as regras de utilização destas ferramentas, sem expor a empresa e por conseguinte seus funcionários. Uma alternativa interessante são as redes sociais corporativas pois elas garantem um perfil mais centrado e voltado exclusivamente a assuntos profissionais, portanto as redes sociais corporativas mostram um retrato de seus funcionários e da empresa que eles fazem parte.

Estas por sua vez proporcionam maior oportunidade de inovação pois os colaboradores, clientes e fornecedores estarão conectados gerando um feedback bastante satisfatório, uma nova oportunidade de colaboração pois estaremos utilizando uma outra plataforma além do e-mail e com uma vantagem bem superior a interação em tempo real. Listamos algumas redes que podem contribuir bastante para o trabalho dentro das redes sociais na sua empresa:

Linkedin: Com esta rede você pode criar e administrar o seu perfil profissional. É uma excelente fonte de talentos para empresas.

Maindmaster: oportuniza a criação de mapas mentais colaborativos, estimulando o trabalho e a contribuição de ideias on-line.

Lotus connections: Ferramenta criada pela IBM altamente adaptável as suas necessidades

Suarede: é uma rede social desenvolvida por brasileiros para empresas e outras instituições.


Quais as desvantagens de utilizar redes sociais no ambiente corporativo?


Implantar uma politica de redes sociais dentro de uma empresa não e nada fácil deve-se ter plena sabedoria do terreno em que se está entrando realizando pesquisas de mercado para que sejam detectados perfis de atuação. Um outro fator é onde seu perfil vai estar hospedado verifique a integridade da rede e se o seu publico está inserido em determinada rede sociais, esteja certo da segurança que é oferecida aos usuários desta rede para que nem uma informação seja desviada da sua conta.

Caso não se possua uma politica de conteúdo postado em redes sociais por parte dos funcionários podem gerar grandes constrangimentos e até demissões. A vulnerabilidade dos dados é algo preocupante quando não bem administrada, pois não se deve expor conteúdos sigilosos da empresa em redes publicas. A hospedagem de dados em servidores de terceiros pode ser altamente perigoso, atualmente informações são algo que vale muito mais do que dinheiro. Mesmo assim a grande desvantagem é não estar neste universo conectado pois pode se perder mercado.


Quais as reais vantagens de estar inserido nas redes socais?


Visibilidade é um fator importante para as empresas que querem estar junto de seus clientes praticamente 24h por dia, pois muitas pessoas dedicam mais de 4 horas diárias as redes sociais fazendo delas a extensão de suas vidas. A criação de um canal de comunicação direto com o seu consumidor pois você irá receber as criticas e sugestões diretamente. É relativamente barato pois a maioria das redes sociais tem sua adesão gratuita.


Opinião do especialista


O oficina da net, com exclusividade conversou, com o pesquisador e professor João Almeida e Silva onde ele esclarece algumas questões a cerca da inserção das redes sociais nas empresas.

Oficina da net: Deve ser proibido o acesso as redes sociais nas empresas?
João Almeida: Trata-se de uma situação delicada pois o ponto falho é o funcionário que não sabe usar as redes sociais como ferramenta de trabalho As empresas que necessitam desse cenário devem orientar seus colaboradores e criar regras que sejam de conhecimento de todos. Por exemplo numa empresa onde há contato com clientes, empresas que prestam contas à sociedade o canal de redes sociais é fundamental. Entretando naquele escritório de contabilidade talvez apenas o gestor precise. Mas proibir não é remar contra a maré pois as mídias sociais se renovam e nos surpreendem cada dia por sua aplicabilidade no mundo dos negócios.


Oficina da net: O que deve ser permitido referente a utilização das redes sociais nas empresas?
João Almeida: Uso com objetividade. Se não objetivo no negócio ou estratégia que envolva redes sociais não adianta ter a liberdade. Será perda de tempo. Isso só o gestor pode dizer, afinal como citei, tem que haver estratégia para isso.


Oficina da net: O que deve ser proibido no acesso as redes sociais?
João Almeida: Se a utilização de midias sociais está ligada apenas a vida pessoal do funcionário, se a empresa não tem o uso como foco no negócio, nesse caso só há perda de tempo. Infelizmente muitas pessoas ainda aproveitam do horário na empresa para brincar na Internet, principalmente pelas redes sociais. Que outra solução se não proibir nesses casos?


Oficina da net: Quais os benefícios que a empresa possui quando entra no mundo das redes sociais?
João Almeida: Se a utilização de midias sociais está ligada apenas a vida pessoal do funcionário, se a empresa não tem o uso como foco no negócio, nesse caso só há perda de tempo. Infelizmente muitas pessoas ainda aproveitam do horário na empresa para brincar na Internet, principalmente pelas redes sociais. Que outra solução se não proibir nesses casos?

Um pouco sobre João Almeida:

João Almeida e Silva

Mestre em Ciência da Computação pela Universidade Federal de Pernambuco (2010). Pós-graduado em Adm. de redes em Linux pela Universidade Federal de Lavras -MG(2005). Graduação em Ciências pela Faculdade de Formação de Professores de Belo Jardim (2000). Atualmente professor no curso técnico em informática do Instituto Federal de Pernambuco no Campus de Belo Jardim. Tem interesse em atividades de pesquisa voltadas ao uso do software livre na educação, designer e música. Atuando no cenário regional desde 2000 com o uso de software livre, especialmente Linux, voltado para redes de computadores.