As empresas de todo o mundo têm um desafio pela frente. Isso porque a mão-de-obra que deve formar a maior parte de suas equipes nos próximos anos hoje tem entre 15 e 30 anos - a chamada Geração do Milênio. São pessoas “antenadas”, usuários assíduas de celulares, redes sociais e MP3 players e que não ligam para privacidade ou rígidas regras de trabalho.

O estudo “Classe de 2008”, feito pela Accenture nos Estados Unidos, sobre gostos e comportamentos de pessoas com o perfil acima aponta que elas tendem a ignorar controles corporativos a acesso a sites em geral ou redes sociais e baixam softwares gratuitos se considerarem necessários.

Mais de 20% desses jovens disseram que as tecnologias utilizadas no trabalho estão abaixo das expectativas e um terço quer usar o computador e aplicativos de sua preferência. Porém, o cenário não deve ser visto como sinal de preocupação.

“Na Accenture temos funcionários trabalhando em rede e um pode ajudar o outro”, exemplifica Don Rippert, CTO e diretor de tecnologia da Accenture que esteve nesta terça-feira (19/05) em São Paulo para apresentar a 30 CIOs brasileiros as quatro tendências tecnológicas do futuro.

A chegada da Geração do Milênio ao mercado de trabalho é um dos fatores que influenciam essas mudanças, ao lado da TI verde e da cyber-segurança. Rippert definiu como tecnologias “elásticas”, flexíveis, como computação por internet – que devem reduzir custos – e a otimização do acesso a dados.

Entre as mais difundidas já hoje, estão a convergência dos quatro Cs  – comunicação, colaboração, comunidades e conteúdo – e a mobilidade. O executivo da Accenture prevê a proliferação do uso de serviços como messenger, VoIP, redes sociais, telepresença e blogs para diminuir custos, aumentar a colaboração e gerar novos negócios.

Já a mobilidade deve abranger a muitas outras ações ainda pouco imaginadas pela maioria dos usuários. Os celulares, hoje presentes nas mãos e bolsos de 4 bilhões de pessoas no mundo, devem ganhar novas funções. “As novas gerações vão chamar o táxi mais próximo pelo celular sem precisar falar, usando apenas um aplicativo”, aponta Rippert.

Na Alemanha, por exemplo, a Accenture testa uma tecnologia chamada “near field”, que transforma o celular desde uma chave de automóveis a cartões de crédito ou vale-transporte. Para isso, a internet deve chegar antes aos telefones móveis. A expectativa é que, até 2013, 70% dos celulares de países desenvolvidos tenham acesso à rede.

Fonte: B2B Magazine - Autor: Thiago Borges