Os negócios fecham por causa das pessoas, ponto final.

Os efeitos da falha podem ser observados, por exemplo, na organização, nos processos, produtos ou serviços, finanças, marketing e vendas.

As causas podem ser relacionadas, por exemplo, com o planejamento estratégico, implementação, gerenciamento, controle, recursos humanos, falta de inteligência competitiva, ou fatores externos como dinâmica do mercado ou regulamentação governamental.

Se falamos de novas iniciativas, ou pequenos negócios com menos de dois anos, o que é mais comum, e que causa a descontinuidade dos negócios, são os problemas financeiros.

Os problemas financeiros são gerados, geralmente, por falhas gerenciais ou de planejamento. As falhas gerenciais podem ter sua origem na inexistência ou inconsistente organização do negócio, na falta de controle, de acompanhamento, de correção de rumo, ou, talvez, nas pessoas erradas nas posições erradas, na avaliação superestimada do mercado alvo, em custos errados, ou outros motivos.

Como se pode observar, as causas podem ser em cadeia e podem, também, ter efeitos multiplicativos. Um planejamento estratégico falho, ou esquecido dentro de uma gaveta, é um potencial gerador de causas e efeitos, que irão culminar no insucesso dos negócios. Um plano de negócios, ou plano estratégico, é um documento dinâmico. Assim como o negócio evolui, o mercado também evolui, os cenários mudam e, portanto, o planejamento precisa ser atualizado.

Numa visão global, cada causa tem sua probabilidade, que depende do tipo de iniciativa, do ambiente de negócios, da região e do perfil do empreendedor. Também, geralmente, os pequenos empreendedores têm um fluxo de caixa diminuto, o que causa a impossibilidade de ter uma “segunda chance”, se o negócio não vingar na primeira tentativa.

Se grandes companhias cometem um erro de planejamento ou de investimento, e falham, isto será contabilizado como perda e os acionistas, ou o governo, pagarão a conta. Pequenos empreendedores não têm esta alternativa.

Agora, as falhas em grandes empresas, que podem levar a encerrar suas atividades ou serem absorvidas por outras, são, quase na totalidade, geradas por incompetência gerencial, que com o tempo se expandem para problemas financeiros e podem levar ao encerramento das atividades.

Essas mesmas empresas necessitam de manter um processo contínuo de se reinventar a si próprias. Precisam de uma estrutura organizacional do tipo de auto-aprendizado, isto é, sempre aprendendo e sempre se atualizando. Resumindo, além do processo de auto-aprendizado precisam desenvolver o que se chama de Inteligência Competitiva.

Estamos na Era do Conhecimento e vivendo em um mundo globalizado, logo, o horizonte dos negócios mudou radicalmente, nas últimas décadas. Companhias que não acompanharam esta tendência, e descansam em cima dos louros ganhos, parcelas de mercado conseguidas, ou produtos já desenvolvidos e sem atualização constante, estarão fadadas ao desaparecimento, provocado por novos entrantes no mercado, por novos produtos ou serviços, por novos modelos de negócio, por novas necessidades e demandas.

Pensamento similar deve ser desenvolvido pelos novos empreendedores. Eles devem explorar as novas tecnologias, a Internet, as redes sociais, os blogs, e assim por diante, além de, claro, manterem-se atualizados e atentos às tendências do seu ramo de negócios e também globais.

Novos empreendedores precisam criar vantagens competitivas com essas novas tecnologias, para manter e alargar o seu mercado e exposição. Existem várias ferramentas de baixo custo, ou até mesmo grátis, já disponíveis na rede mundial de computadores, a Internet.


Pontos cruciais a observar:


Desenvolver um planejamento estratégico consistente, cuidar da operação no dia-a-dia, fazer um acompanhamento constante do negócio e definir vários pontos de controle para medir eficiência e a evolução de cada área do negócio.

Demorar um pouco mais, mas definir as pessoas certas para as funções certas. Acompanhar de perto o trabalho de todos os colaboradores, ouvir e compreender suas necessidades e sugestões. Manter um relacionamento transparente e constante.

Observar os competidores, seus produtos, ações no mercado e mudanças de estratégia. Acompanhar de perto os clientes, procurar e sentir o retorno deles, suas necessidades presentes e futuras, satisfação e insatisfação, suas sugestões e indicações.

A sorte favorece os audazes, mas, mais ainda, favorece os que têm informação e preparo.