De acordo com McKenna, Drucker, Blackwell, entre outras pessoas com destaque na área, marketing é uma atividade que deve ser praticada desde o recepcionista à gerência sênior. O marketing é uma expressão do caráter da empresa, é de responsabilidade da empresa, como um todo. McKenna também comenta que o verdadeiro objetivo do marketing é ganhar o mercado, não apenas fazer ou para vender produtos.

Peter Drucker diz que o marketing é a única função e somente essa, a função da empresa. Ele também diz que o objetivo do marketing é tornar a venda supérflua. Marketing deve compreender tão bem as necessidades do cliente, que o produto, ou serviço, se ajusta às necessidades do cliente e se vende por si mesmo.

Philip Kotler tem duas visões, uma com uma abordagem social e outra com uma abordagem gerencial. A abordagem social define marketing como um processo onde indivíduos ou grupos obtêm aquilo que querem e atendem suas necessidades, através da criação, oferta e troca de produtos e serviços livremente com outras pessoas.

Na abordagem gerencial, ele começa com uma descrição genérica, como a arte de vender produtos e, mais tarde, ele define gerenciamento de marketing como a arte e a ciência de aplicar os conceitos fundamentais de comercialização de escolher o mercado alvo e obter, manter e crescer os clientes através da criação, entrega e transmissão aos próprios clientes, de um valor superior.

Al Ries e Jack Trout destacam o que eles chamam a quarta lei do marketing, que diz que o marketing não é uma batalha de produtos, é uma batalha de percepções.

O escritor francês, Armand Dayan, define marketing como um conjunto de técnicas, baseadas em um determinado estado de espírito, que pretendem satisfazer, nas melhores condições psicológicas para o mercado, e nas melhores condições financeiras para o distribuidor, as necessidades naturais ou as suscitadas.

Complementando a definição anterior, William Brooks diz que o bem-sucedido profissional de vendas deve ser um mestre na análise das necessidades e na venda de aplicações.

Gostaría, ainda, de mencionar Leonard Berry e A. Parasuraman sobre a análise relacional entre o marketing e serviços, onde ele comenta que o marketing de serviços eficientes é o sólido conceito do serviço bem feito, um serviço requisitado e perfeitamente executado.

Essa união de estratégia e execução é o combustível para quem pretende liderar na indústria de serviços.

Os conceitos de marketing e suas aplicações estão tendo uma evolução rápida, gerando em seu progresso um marketing de alta qualidade, de primeira, segunda, terceira e quarta geração, marketing de guerrilha, maxi-marketing, marketing de serviços, marketing de relacionamento, marketing viral, o marketing de nichos, e assim por diante.

Todos esses focos, interpretações, teorias e práticas de marketing, nós, na realidade, podemos considerá-los como complementares, ou extensões, e em contínua e dinâmica evolução e aplicação, assim como o mercado.

Em uma aplicação específica, por exemplo, vamos utilizar o marketing de serviços para se chegar à excelência de serviços, e criar um maior índice de fidelidade, mas podemos utilizar o marketing de nichos para o  posicionamento e vamos aplicar uma derivação do marketing de rede para criar uma estrutura de canais de distribuição.

Hoje temos uma "sopa de letras" e diversas expressões técnicas para lidar com as novas estratégias, tecnologias e metodologias. Pode-se citar: CRM - Customer Relationship Management (Gerenciamento do Relacionamento de Cliente), One-to-One (Um-para-Um) do Peppers e Rogers Group, Lateral Marketing, Marketing X, Marketing de Rede, Inbound e Outbound Marketing, e assim por diante.

Com tantos conceitos de marketing, metodologias e estratégias, que até parece ser uma torre Babel, dada a diversidade. Quando na verdade, cada definição corresponde a um conceito simples e que, aplicado com simplicidade, nada mais será que o uso do bom senso, intuição, experiência e conhecimento, de acordo com o produto, mercado, momento e ambiente, e menos com base na aparência ou na sofisticação da utilização da "sopa de letras".

Dizem que todos os caminhos levam a Roma. Pois, todos os "marketings" levam aos mesmos conceitos básicos definidos há décadas, só que com outras ferramentas, tecnologias, implementações, nomes, atores, produtos e serviços. E, claro, as "sopas de letras" têm o seu próprio marketing para se venderem.

Para terminar, como dizia meu bom e experiente Pai, um dos pioneiros no estudo e desenvolvimento do marketing: "O Marketing não é mais que o serviço para o Homem."

E adaptando - mudando século XX para XXI - uma frase sua, em um dos seus últimos artigos: " O homem de marketing do século XXI, terá que cuidar essencialmente do espírito, das motivações, estudar o tipo e gênero de móbiles e ter toda uma panóplia de conhecimentos aprofundados, além de possuir os ditames da mais exuberante criatividade."